Capítulo 33

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Narrado por Rowena Buchudinha.

- Sam?! - O chamei já com a respiração estável, olhando para o teto.

- Oi. - Respondeu distraido.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Hmmm, pode. - Respondeu hesitante.

- Como era... Quando você estava possuído pelo... Lúcifer.

Acho que essa não era uma boa hora para falar sobre isso, mas senti que precisavamos esclarecer isso. Sam me dissera que via e ouvia Lúcifer o atormentando, mesmo depois de ter saído de seu corpo. Queria tentar entendê-lo para ajudá-lo. Ele respirou fundo, e começou a falar.

- Era... Torturante... Eu via e sentia o que ele fazia com meu corpo, mas não conseguia controlá-lo, nem impedí-lo de nada... Nos primeiros dias ele me deixou "trancando" em, sei lá, um tipo de memória da biblioteca do bunker, onde eu era forçado a assistir tudo o que ele fazia, sem conseguir escapar... Eu assisti quando ele... Te tocou e não consegui fazer nada, mesmo que eu me esforçasse, não conseguia... E eu me senti tão incapaz e inúltil...

- Sam, ei... - Me levantei rápido e segurei seu rosto entre minhas mãos. - Não! Eu vi quando você lutou com ele e tirou ele de lá... Se não tivesse feito, nem sei o que seria de mim... - Disse o olhando intensamente.

- Depois disso... - Ele continuou. - Ele fez questão de mim lembrar a todo momento do que acontecera. E não pude mais ver o que ele fazia nem tramava com o Ash. Só ficava ouvindo ele me culpando pelo o que eu... Ele fez... Acho que era o passatempo preferido dele. E ele tinha muito tempo livre. - Revirou os olhos, meio apreensivo.

- Então você não viu onde ele se escondia nem o que ele queria com a ajuda do Ash?

- Não! Nada do que já não sabemos... - Respondeu e tudo ficou silencioso novamente.

- Você... Viu ele hoje?

- Não... Não tem um padrão, mas acho que ele só aparece quando eu estou acabado e vem para me torturar mais...

Paramos o assunto ali mesmo e ficamos conversando por horas. Mesmo depois de duas transas e chupadas insaciaveis, não pareciamos cansados. Ao contrário, parecia que tinhamos mais desejo. O tempo separados realmente não nos fez bem. Estavamos bem acordados e ativos. Conversamos sobre a gravidez, os bebês e os meus surtos hormonais. Sobre meus feitiços e meu dia a dia quando ele estava ausente. Falamos gratamente sobre a ajuda do Dean pra mim e sobre o fato de Jack e Alex talvez estarem namorando escondidos. Chegamos até a tocar no assunto do casamento, e a única decisão que tomamos até agora é que achamos ser cedo demais para planejarmos algo. Realmente ficamos o dia no quarto, sem sair da cama nem para ir ao banheiro, parecia que nossas únicas necessidades era esta perto um do outro. Dentro do quarto só era possível ouvir nossas vozes sussurrantes, nossas risadas baixas e às vezes leves gemidos de prazer. Durante nossa longa conversa, Sam se atrevia a me masturbar com os dedos, e depois chupá-los. Fez isso várias vezes, como que para não esquecer o sabor, com o tempo nem percebia mais que ele fazia isso, realmente eram movimentos simples, mas viciantes.

- Eu te deixei viciado em sexo né?! - Arfei curiosa, enquanto ele pegava mais uma provinha na minha intimidade.

- Acho que o certo seria, viciado em você... - Fez uma careta. - Isso é ruim?

- Acho que não... - Falei fechando os olhos, sentindo os movimentos de provocação de Sam. - É um vício tão bom... - Mordi os lábios.

- Quero ver você falar isso quando eu te deixar aleijada... - Sussurrou no meu ouvido, um tanto provocador, tirando os dedos da minha intimidade.

- Eu já ouvi isso antes e ainda estou aqui andando. - Disse um pouco desapontada.

Antes que ele podesse levar seus dedos para sua boca, segurei sua mão e oculpei seus lábios com um beijo, demorado e intenso.

- Acho que não sou o único viciado em sexo aqui... - Brincou ele, mantendo nossos lábios próximos.

- E que tal se a gente fizer terapia juntos? - Sugeri brincalhona.

- Tudo bem, é uma boa ideia. - Confirmou ele sorrindo. - Me diga Srta. Rowena... Como você se sente quando faz sexo? - Perguntou ele fingindo fazer uma voz séria.

- An... - Fiquei quieta e pensativa olhando para o teto. - Eu me sinto em êxtase... Mas não em uma êxtase estranha e paranóica, uma êxtase de... Paz e maravilha. - Fechei os olhos e continuei. - Eu me sinto completa e inteira de novo. E é uma sensação única, nunca sentida antes. Eu sinto como se não tivesse mais mundo ao meu redor. E... Parece que... A única coisa, literalmente a única coisa de que preciso é isso...

Me interrompi sentindo meu corpo arrepiar pelas pontas dos seus dedos estarem deslizando no mesmo, como uma distração.

- O que você sente quando eu faço isso? - Sussurrou no meu ouvido.

- Sinto meu coração disparar... - Senti o mesmo escostar a cabeça no meu peito para confirmar.

- E o que você sente quando eu faço isso? - Ele aproximou os lábios do meu pescoço, depositando beijos delicados e macios.

- Me sinto paralisada, obrigada a me render aos seus feitiches... - Arfei. Senti o ar de sua risada satisfeita no meu pescoço.

- E agora? - Ele deslizou os dedos pela minha barriga, até alcançar meu clitóres, sem parar de beijar meu pescoço.

- Me sinto excitada, com vontade de me sentir em êxtase e completa de novo... - Mordi os lábios quando ele começou a "brincar" com meu clitóres.

- Você quer se sentir em êxtase de novo? - Sussurou no meu ouvido e o mordendo provocativo.

- Quero... - Arfei mais rendida do que eu pensava.

Sam brincou mais um pouco com meu clitóres e depois, bem lentamente me penetrou com seu membro grande e latejante. Entrando e saindo devagar, como se o tempo fosse nosso, e realmente é. Evolvi meus braços em volta do seu pescoço e minhas pernas em volta da sua cintura, o prendendo contra meu corpo, quieto, com seu membro também preso dentro de mim.

- Qual é o meu diagnóstico? - Perguntei abrindo os olhos.

- Você é um caso raro. Você não é viciada, você é o vício... O meu vício! - Respondeu ele me beijando intensamente.

Sem malicia nem provocação, só amor e carinho depositado nesse beijo demorado. Afrouxei mais minhas pernas, deixando-o terminar o trabalho que começara, e depois de mais uma transa e algumas chupadas gostosas, finalmente nos deixamos cair pelo cansaço e pelo sono. Conseguimos passar por mais esse dia e confesso que queria que amanhã fosse igual.

Desejos Impróprios - SamwenaOnde histórias criam vida. Descubra agora