Eu te amo Paul!

351 29 11
                                    

   PAUL P.O.V.

- O amor é uma merda! - Gritei e lancei uma pedrinha que peguei no chão, com toda força para dentro do lago à minha frente.

Eu mal sabia onde eu estava. Eu só tinha andado e andado até minhas pernas cansarem. Me sentei em um gramado que dava vista para o sol e suspirei, tentando me acalmar.
Por que eu sou tão azarado? Por que justo quando finalmente amaei alguém de verdade, esse alguém teve que ser o John? Alguém sem coração? Eu me sentia sem chão, era uma dor horrível, eu queria que ela parasse, pois já chegava a me tirar o ar. As lágrimas caíram novamente e um soluço alto escapou da minha garganta, mais uma crise de choro. É tudo culpa dele! Eu devia ter ouvido quando ele mesmo disse que não era capaz de nutrir sentimentos por alguém. Eu deveria ter ouvido o Denny quando ele disse que John não era o cara certo para mim. Trouxa fui eu, que insisti em algo tão absurdo, em algo que eu jamais poderia ter.

Eu suspirei, limpando bruscamente as lágrimas pelo meu rosto, os pedaços de grama que a sujaram. Eu deveria voltar pra casa, já passei tempo demais sem dar notícia. Devem estar pensando que fui abduzido por um disco voador. Eu realmente não estava afim de voltar, mas terei. Fiz o caminho de volta pra casa. Estava bastante frio e o vento gélido do inverno batia em minha pele, me fazendo tremer e abraçar meu próprio corpo.

[...]

Quando finalmente cheguei, parei em frente à porta e tentei me recompor. Assim que consegui ficar mais natural, abri e entrei, me sentindo um pouco mais relaxado com a temperatura aconchegante lá de dentro.

- Paul? Paul! Graças à Deus! - Ringo veio correndo em minha direção e me abraçou - Aonde você estava? Estávamos muito preocupados! - Ele dizia rapidamente, enquanto eu ainda estava um pouco surpreso e confuso para responder, então apenas observei que Denny, Maureen e Stuart estavam ali na sala também.

- O-o que vocês estão fazendo aqui? - Perguntei.

- E você ainda pergunta? Você desapareceu depois da aula e não deu mais sinal de vida, são 5 e meia da tarde, as ruas já estão quase desertas devido ao frio e você somente sem avisar nada... Acho que tínhamos motivos para ficarmos preocupados, estávamos quase chamando a polícia. A sorte é que o tio Jim está no trabalho e não ficou sabendo do seu sumiço - Leine explica, me fazendo ficar em silêncio, apenas o ouvindo.

- Eu... - Tento falar, mas nenhuma outra palavra saiu de minha boca.

- Tudo bem, Paul, você está tremendo, por que mão toma um bom banho quente? Dennie pediu pizza e deve chegar daqui a pouco, então depois desça e poderemos conversar com mais calma, o que acha? - Mau sugere, se aproximando e ficando ao meu lado, acariciando gentilmente as minhas costas.

Apenas assenti ainda atordoado, indo subir as escadas. É, acho que um banho quente seria bom...

                     RINGO P.O.V.

- Pessoal, nada de pressão em cima dele, ok? - Maureen diz assim que o Macca foi para o andar de cima e fechou a porta do seu quarto - Eu sei que todos estão indignados com o que ele fez, foi imprudente e deixou todos preocupados, mas ele ainda está muito mal, então por favor, não o façam se sentir culpado.

Depois das aulas de hoje, eu fiquei muito preocupado com Paul e não o achei em lugar nenhum. As coisas só pioraram quando George contou que o escocês havia pego aquele ruivo filho de uma égua, aos beijos com a naja da Cynthia na sala de química. Eu tive muita raiva e vontade de matar o John naquele exato momento, mas o Geo explicou que foi a loira que tinha o agarrado. Eu não sei se deveria acreditar nisso, afinal, ele é o John.

- Sabe o que eu deveria fazer? - Denny pergunta raivoso - Eu deveria quebrar o pescoço daquele marrentinho! Eu disse à vocês, não disse!? Ele não era o cara certo para o Paul!

Milk And Honey Onde histórias criam vida. Descubra agora