Eu te amo, John!

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 RINGO P.O.V.

- Para onde acha que o Johnny estava indo? - Paul pergunta e eu volto a realidade.

- Hã?

- John passou agora a pouco pelo correr e foi até o pátio dos fundos - O escocês comenta e eu dou de ombros.

- Deve ter ido se encontrar com os outros colegas de time para discutir sobre a final do campeonato - Suponho e logo suspiro, me encostando em meu armário após fechá-lo e trancá-lo.

- Está tudo bem? - Ele pergunta.

- Eu não sei, estou meio preocupado. George disse ontem que queria falar algo sério comigo e isso tem me deixado um pouco ansioso e meio afilto... E se ele quiser terminar tudo comigo?

- Deixa de paranóia, Rings, já está mais do que óbvio que o Harrison ama você, ele não faria mais isso. Vai ver, é só algum assunto mais pessoal que ele queira tratar com você, ou algo assim, mas enfim, só não se preocupe preciptadamente. - Paul fala e aperta de leve o meu ombro.

- É, talvez. É que eu sou muito inseguro ás vezes - Digo e ele assenti - mas e entao, como foi a noite passada? - Pergunto com um ar malicioso e o vejo ficar desconfortável.

- O que? Por que está me olhando com essa cara? A noite foi... Boa sim. - Ele responde um pouco sem jeito e eu riu.

- Imagino mesmo. Isso deve explicar as marcas de mordidas e de chupões em seu pescoço. - Falo entre o riso, fazendo suas bochechas se avermelharem, enquanto ele tentava esconder seu pescoço com a gola da camisa.

-Isso, Rings, fala mais alto! Acho que a escola inteira ainda não ouviu! - Ele diz irônico, olhando para todos os lados para ter certeza se ninguém havia ouvido, e eu ri mais.

Paro de rir assim que vejo George passando por nós. Ele me encarar e faz um sinal com a cabeça, tentando não chamar a atenção das demais pessoas, para que eu o seguisse e logo sumiu entre os outros alunos.

- Macca, eu...

- Já entendi, pode ir - Paul me interrompe, sorrindi como se estivesse me encorajando.

Apenas retribui o sorriso e me despedi dele, indo diretamente para o estacionamento, onde eu sabia que ele provavelmente estaria. O lugar estava deserto como sempre, porém, há qualquer momento poderia chegar alguém ali em busca de seu veículo. Avistei George encostado em seu próprio carro, de braços cruzados e uma expressão facial seria, fazendo minhas mãos suarem e meu coração acelerar.

- Oi, baby - Digo assim que estava parado em sua frente.

- Oi... Vamos para minha casa, ok? - Ele avisa e eu assinto.

Ele se desencosta do carro e puxa meu rosto para ele com as mãos, juntando nossos lábios em um selinho tão rápido, que eu mal tive como corresponder. Mas de certa forma aquilo me deixou uma pouco mais tranquilo, porque se fosse algo realmente sério, ele não teria feito isso... Pelo menos eu acho que não. Entrei e me sentei no banco de passageiro ao seu lado, e então ele deu partida. Sua mão, como de costume, ficou em minha coxa. Não demorou muito para que chegássemos em sua casa, e logo ele já estava guardando o carro na pequena garagem dali. Saímos e entramos na casa.

- Vem, vamos beber algo - Ele diz soltando minha mão, e indo até a geladeira, a qual eu o acompanhei.

Ele tirou duas garrafinhas de coca-cola de lá e me deu uma, em seguida, se encostou no balcão e tomando um gole do refrigerante, logo me encarando, e meu coração volta a acelerar.

- George, me diz de uma vez o que está acontecendo? Estou preocupado desde ontem - Finalmente me pronuncio e ele suspira.

- Richard, vou visitar meus pais no final da semana - Ele conta e quando eu já iria perguntar o que ele iria fazer lá, o mesmo prosseguiu - e eu pretendo contar sobre minha homossexualidade para eles.

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