| CAPÍTULO 3 |

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VOTEM ○

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CORA HAWKINS

Depois de descobrir a outra lista de pagamentos com valores astronômicos ao lado, eu pensei em perguntar para o meu irmão sobre isso mas desistir no momento em que vi o nome dele ao lado de 7 dígitos com valor muito alto. Cheguei a minha sala nervosa com a nova situação que encontrei, nas reservas da sala de reuniões tinha um nome: Flora Rizzo, ela reservou então sabia quem estava naquela sala, só mentiu dizendo que não. E meu irmão provavelmente está envolvido com qualquer coisa que isso seja, agora me pergunto desde de quando?

Minha mente gira em como eu fui ludibriada o tempo inteiro com uma vida feliz, escola, faculdade e emprego dos sonhos. O Caio me instruiu a seguir em uma linha e eu fui, mas não foi só porque ele pediu, eu gosto da vida que tenho. Um apartamento no centro e um trabalho a noite que me permite fazer o que eu quiser durante o dia. As lágrimas caem do meu rosto pelo meu irmão, deveria te percebido no momento em que ele parou de ser o Caio que eu conhecia, sempre achei que o papai era culpado do seu comportamento ter mudado tanto. De uma forma mais clara entendi que a culpa pode ser minha, se o Caio ficou nesse meio todo para poder cuidar de mim, eu sou a causa do nome dele está nessa lista ilícita.

Fiquei algumas horas ali na sala sem saber o que fazer, passei tantos anos culpando meu pai por ter transformado o Caio em um soldado e agora descobro que ele pode ter feito isso tudo por mim. Tudo isso foi minha culpa porque apesar de todas as coisas que ele tinha se transformado, eu ainda via ele de dez anos atrás quando falava para mim "minha maninha" e resolvia me enganar mais uma vez.

Assim com o pensamentos a mil termino de uma forma mal feita meu trabalho e sigo para casa às 4 da manhã depois de perguntar discretamente a Catharina se ela sabia quais policiais estava na boate, depois de saber a resposta pesquisei sobre mas só conseguir achar o endereço, mal dormir pensando sobre o que eu ia fazer a seguir e pedindo a todos os deuses para me ajudar.

Agora aqui estou eu, depois que o tal agente Marshall se pronunciou o rosto de todos mudaram para uma expressão dura. A mulher sentada na ponta passa o computador para o Marshall que está sentado ao meu lado dizendo só uma palavra "pesquisa". Todos se viram para ele antes dele começar a falar.

- Cora Hawkins 25 anos, filha do falecido Connor Hawkins e com mãe desconhecida. Irmã de Caio Hawkins de 27 anos. - começa a falar as informações e eu fico em choque. - Diploma em administração tirado a cerca de 4 anos, tem uma fixa mediana de notas e trabalha na Júpiter a um pouco mais de 3, nos últimos 6 meses trabalhou em uma das boates da Flora Rizzo em Londres.

- Como você fez isso?. - quase grito me levantando.

- Sente-se, você está em uma sede de segurança, não ache que sua vida está tão privada assim. - a mulher da ponta fala. - Antes das apresentações preciso que responda algumas perguntas.

- Tudo bem. - digo por fim sentada.

- Por que foi para Londres a seis meses?. - respiro fundo e penso.

- Não vai responder?. - o Marshall pergunta.

- Vou, mas antes preciso de uma coisa de vocês. - digo vendo uma mulher balançar a cabeça.

- Claro. - bufa irritada.

- Quer fazer exigências?. - outro homem pergunta sério.

- Não, não é isso. Eu quero só uma coisa, é um pedido. - digo quase chorando.

- Qual é?. - a mulher loira pergunta.

- Meu irmão, eu dou todas as informações que vocês quiserem mas se não acontecer nada com ele. - digo rápido.

- Seu irmão está envolvido?. - pergunta outro homem de olhos azuis.

- Não sei, acho que sim. - falo com uma lágrima caindo.

- Você sabe que não podemos simplesmente deixar um criminoso livre não é?. - a outra mulher diz e outras lágrimas caem.

- Mas é meu irmão, ele fez isso tudo por mim, então eu posso simplesmente o denunciar sem tentar o salvar.

- Se caso ele vier e colaborar nas investigações. - diz a mulher novamente.

- Ele não vai vim! Se ele descobrir o que eu tô tentando fazer, ele vai dar um jeito de me mandar para longe. - falo com tom desesperado.

- Então com certeza ele não é inocente nessa história. - o de olhos azuis diz.

- Não tô dizendo que é, o Caio está sendo meu irmão apesar de tudo! Eu sei disso, vocês não entendem. - abaixo minha cabeça com as mãos no rosto.

- Eu entendo. - ouço a voz do Marshall. - Mas você tem que saber, nos não vamos ter como ajudar se ele não colaborar.

- Eu não sei se consigo fazer isso.. - digo em um sussurro.

- Consegue sim. Cora, se ele estiver fazendo algo de errado para proteger você, ele vai fazer o certo se você pedir.

- Como você sabe?. - pergunto levantando minha cabeça.

- É o que meu irmão mais velho faria. - diz com seus olhos verdes em mim. - Grigorieva?

- Eu sei Axel, você entende o sentimento da garota mas temos que saber as informações. - diz a mulher da ponta. - Você vai dizer?

Olho para o agente que agora descobrir que se chama Axel Marshall e o vejo confirmar. Abro a pasta com as mãos tremendo e pego os documentos que eu tenho, mostro a eles e explico tudo.

- Esses são os papéis de pagamentos oficiais da boate, que eu tomo conta como gerente. - digo entregando ao Axel. - O daqui é o que eu achei no computador da dona da boate.

- Tem o nome do seu irmão. - o homem que eu descobrir chamar Malik diz e eu só balanço a cabeça.

- Seu irmão é de uma organização criminosa e você nunca desconfiou?. - perguntou o cara de olhos azuis, Ross.

- Somos só eu e ele, quando eu percebi que o comportamento dele estava mudando eu achei que era por causa do nosso pai e sempre culpei ele.

- Connor Hawkins tem uma longa ficha mas nada concreto. - o Marshall fala mexendo no computador gigante agora. - Alguém acobertou ele por um longo tempo até sua morte, um tiro no meio da rua.

- Deixa eu adivinhar, tem aí que foi um assalto?. - a mulher com nome Kim pergunta.

- Exatamente.

- Pode ter sido corte. - o Malik diz.

- Não, se fosse o filho também estaria morto. - a chefe deles fala e eu me arrepio.

- Okay, o pai morre e o filho assume o lugar, mais qual posto exatamente?. - Ross divaga. - Você sabe?

- Não.

- Conhece alguém por nome ou apelido Shax?

- Não. - respondo ouvindo todos bufarem.

- Você precisa convencer seu irmão a ajudar. - o Marshall diz.

- Tudo bem. - digo balando a cabeça. - O que vocês fazem agora?

- Investigamos. - Kim fala.

- Antes temos que ter certeza que você não vai dar para trás, e que não vão descobrir sobre a investigação.

- Eu não vou contar nada!. - fala me sentindo ofendida.

- Isso é uma operação, não confiamos em alguém fora da nossa equipe tão rapidamente. - Ross fala.

- Vocês sabem da minha vida toda, o que mais querem?. - pergunto aos cinco agentes a minha frente.

- Você vai descobrir... - escuto me deixando confusa.

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AXEL | Irmãos Marshall - L.2 |Onde histórias criam vida. Descubra agora