✦Dezesseis✦

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FELINA

3 semanas depois

O sinal do celular nos levou até a Zona do Medo. - Adora coloca o celular no viva voz enquanto falamos com Mara.

— Mas o que caralho a Sombria está fazendo lá? - encosto minhas costas no sofá e solto o ar com força pelo nariz.

Não sabemos ainda, mas a Zona do Medo é território da Horda e é muito arriscado enviar policiais fardados pra lá. Teríamos que ir disfarçados e nos infiltrar. - Mara explica a situação de forma séria do outro lado da linha. — Mas os policiais do meu batalhão são rostos conhecidos por lá. Tentei enviar alguns infiltrados nas últimas semanas, mas os capangas do Prime os reconheceram. Perdi 6 homens.

— Merda. - agarro meus cabelos com as duas mãos.

— Olha, tudo bem, a gente vai pensar em algo. - Adora me encara com um olhar suave e sorri sem mostrar os dentes. — Obrigada, tia.

De nada, qualquer informação eu ligo pra vocês. E não hesitem em me ligar se precisarem, ok? - corfirmamos que sim e ela desliga a chamada.

Tento me acalmar, mas é difícil. Sombria não pode conseguir o que quer, não pode sair impune dessa. Estou com raiva, muita, mas tenho medo ao mesmo tempo. Sei do que ela é capaz para conseguir esse dinheiro e, se eu não der ele pra ela, ela vai dar um jeito de tomar ele de mim.

Penso se eu mesma não poderia me infiltrar na Zona do Medo, meu pai conhecia aquele lugar muito bem e sempre me contava tudo que acontecia.

As coisas eram assim entre a gente. Sem mentiras, sem segredos.

Sei como funcionam as coisas lá dentro.

Mas, se a Sombria está envolvida com os caras da Zona do Medo, é porquê não é só o dinheiro que está em jogo. E eu tenho medo de descobrir o que possa estar em jogo nessa guerra por poder.

Não é sobre dinheiro, nunca foi. Eu não mantenho esse dinheiro comigo porque eu quero, não ligo pra isso. Mas jamais deixaria esse dinheiro parar nas mãos erradas.

Quem tem a grana, tem o poder.

Meu pai costumava me dizer isso, e ele não poderia estar mais certo.

Sinto meu sangue correr fervendo nas minhas veias e meu coração palpita, me sinto como se fosse vomitar todos os meus órgãos. Meu corpo inteiro pulsa.

Não quero arriscar minha vida tentando pegar aquela desgraçada, mas também me recuso a deixar ela sair livre disso tudo. Estou num beco sem saída.

— Hey...- Adora se senta no chão a minha frente, apoiando os antebraços sobre minhas pernas e colocando o queixo em cima deles. — A gente vai conseguir pegar ela.

— Eu não sei, não sei se acredito nisso.

— Vai dar tudo certo, ok? - ela entrelaça seus dedos nos meus.

— Você promete?

— Eu prometo.


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ADORA

Depois de horas, Felina finalmente consegue dormir. Mesmo que esteja cedo, ela precisa descansar.

Olho as horas no celular, 21:30. A noite está gelada hoje.

Coloco uma calça jeans preta, assim como meus nikes de cano alto, logo puxando minha jaqueta vermelha do cabideiro e saindo, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Visto a jaqueta, passando o capuz sobre minha cabeça e deixando alguns fios de cabelo para fora. Sinto o vento gelado bater no meu rosto.

Está frio como no dia em que meus pais foram tirados de mim.

— Aonde vai? - sinto meu corpo congelar por um momento e me viro devagar, avistando meus amigos com os braços cruzados e um olhar de "te pegamos no flagra".

— Uh, não vou pra lugar nenhum. - tento disfarçar.

— Você não me engana, mocinha. Você anda estranha nos últimos dias. - um Arqueiro bravo e desconfiado me olha. Não consigo esconder nada deles, e não quero ter que esconder.

— Tudo bem, eu conto tudo, mas eu preciso que vocês venham comigo. - eles concordam e entramos dentro do carro, com Arqueiro ao meu lado no banco do passageiro e Glimmer, Hawk e Serena no banco de trás. Afundo o pé no acelerador, voltando para Whispering Woods.


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FELINA

Me levanto da cama com minha cabeça latejando. Meu corpo está gelado e meus pelos estão arrepiados. A madrugada está extremamente fria e eu urgentemente preciso de outro cobertor.

Abro o guarda-roupa, me esticando até conseguir puxar um cobertor da prateleira de cima. Tenho muita sorte em ser flexível. Com as duas mãos ocupadas, tento fechar a porta do guarda-roupa com pé, o que não dá muito certo e acaba fazendo mais barulho do que eu esperava que fizesse.

Jogo o cobertor em cima da cama rapidamente e espero a merda acontecer. Adora tem um sono extremamente leve e provavelmente acordou com todo esse barulho.

Os minutos se passam e ela não vem até meu quarto reclamar.
Estranho.

Saio do quarto e suavemente empurro a porta do quarto de Adora, entrando no cômodo e olhando tudo ao redor. Junto as sobrancelhas.

Olho a sala e a cozinha, nenhum sinal dela.

Aonde ela foi?

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Salve cachorros do mangue.

Ai gente agr vai começar a rolar umas treta e eu tô muito nervouser socorro. Espero que vcs gostem e que não me matem.

Deixo aqui outra mensagem fofissima que recebi de ume leitores no Twitter, vcs não tem noção de como essas coisinhas me deixam feliz, mt obg ❤️

Deixo aqui outra mensagem fofissima que recebi de ume leitores no Twitter, vcs não tem noção de como essas coisinhas me deixam feliz, mt obg ❤️

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Enfim, por hoje é só, até o próximo capítulo

Catradora is canon.

Hands All Over | CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora