capítulo 71

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Ben narrando

- tem certeza que o seu vizinho é o Lucas? - perguntei pela milésima vez

- eu já disse que sim! Ele foi na festa da universidade, acho que confundiram ele.. aí nós tivemos algo. - ela falou dando algumas pausas para comer o pudim de Ana que estava conservado na cozinha.

- o que descobriu? - perguntei directamente

Só a deixei ficar por causa disso.

- ele estava muito bêbado, falou que estava muito arrependido.. falou que tinha saudades e que ia lutar pela Ana - ela suspirou- ele não parou de falar Ana, durante a noite toda! - ela resmungou

- ele estava falando da Ana enquanto estava com você? - perguntei incrédulo

- em todo momento - ela deu ênfase na frase

- e você dormiu com ele na mesma? - abanei a cabeça negativamente.

- em minha defesa eu também estava bêbada, eu não fico com amnésia como muitas pessoas. Eu lembro de tudo - ela deu de ombros - parece que a mãe dela pagou ele - comeu um pouco - e ele aceitou.

- isso eu já sei - revirei os olhos assim que ouvi

- a minha grande descoberta era essa - ela falou esperando a minha reação.

- sem informação, sem ajuda. - falei apontando na porta - vá encarar o seu vizinho idiota. - continuei apontando

- eu queria perguntar isso a noite toda.. - ela ainda estava sentada e nem se preocupou com a minha expressão - nos sites está que você vive com a sua namorada, aonde ela está? - ela me encarou

Suspirei

- eu acabei de te expulsar - falei olhando para ela

- eu fiz uma pergunta - ela me olhou também - se você responder eu vou.  - ela fez um acordo?

- você não está em posição para fazer um acordo - falei com cara de deboche

- Você não está em posição para ficar sozinho - ela rebateu

Fiz uma pequena massagem nas têmporas

- é difícil conversar com adolescentes - falei suspirando

- eu tenho vinte anos - ela falou levantando - sou maior de idade! - ela me encarou

- Cat, senta - falei quando vi ela curvando até a cozinha - a direção da saída não é aí! - falei gritando

Perdi ela de vista.

Ela voltou com quatro copinhos de pudim e voltou a sentar, me olhou e depois olhou nos copinhos. Quando levantei uma sobrancelha ela deu de ombros.

Folgada demais.

- vou descontar no seu salário - falei apontando nos copinhos - Ana me obrigou a comprar no outro lado da cidade apenas por serem especiais - falei lembrando novamente dela

- ela tem razão, são especiais - ela falou comendo, ofereceu um copo mas eu recusei- quanto é um copo desse? - ela perguntou antes de gemer pela colher de pudim.

- os seis dariam o seu salário - falei sincero - não vai querer saber - fui curto.

Ela se engasgou na mesma hora e pousou os copinhos na mesinha de vidro.

- perdi o apetite - ela riu sem graça - vai me falar aonde está Ana Castille? - ela perguntou se acomodando no sofá

- você já deve saber que não - depois de responder friamente o meu celular vibrou e assim que peguei.. o meu coração vibrou junto.

No Mesmo Apartamento (Concluído/ Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora