Prólogo

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Seja bem vinda a minha carta de despedida.

Quando nós éramos crianças, quando brincávamos de correr por aí, de catar insetos ou pular em poças de água depois da chuva, tudo parecia mais simples. O mundo parecia tão pequeno e tão cheio de oportunidades.

Então nós crescemos e eu entendi que, apesar de grande, o mundo não te dá tantas oportunidades para ser feliz. Sempre haverá algo ou alguém por quem chorar. Sinto por ser essa pessoa no momento. Nós queríamos tantas coisas, sonhávamos tão alto e, de repente, as coisas perderam o sentido.

Sonhos. Por que sonhar? Por que criar expectativas de um mundo grande e bondoso? Ninguém nunca disse que o mundo está contra você, mas todos sabem disso. Essa bola que gira rápido demais me derrubou e eu não consegui mais levantar.

Eu quero que você saiba que, nada disso é culpa sua. Eu te conheço e sei que você vai se culpar pelas minhas escolhas. Mas, você foi a melhor amiga que eu poderia ter. Por isso estou escrevendo. Não quero que viva a sua vida pensando em quem eu poderia ter sido e sim em quem você deseja ser.

Um dia, nós vamos nos encontrar. Nossas almas crianças brincarão na chuva, sorrirão para a vida, serão felizes. Se um dia eu nascer de novo, quero nascer como a sua irmã de sangue, porque você já foi a irmã que eu escolhi nessa vida.

Eu te amo, Anna. Lembre-se apenas das coisas boas, porque é assim que eu digo adeus, lembrando apenas das crianças felizes e incendiarias. Eu vou te amar para sempre, por favor, também me ame.

Alana. 

O Amor dos Meus SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora