"Me sentei na cama e ela também se sentou, a minha frente. Olhei em seus olhos e encontrei ali tudo aquilo que há tanto tempo eu jamais tinha encontrado em outro lugar. Olhando pra ela, eu tive a absoluta certeza do que eu estava fazendo ali, eu uma cidade pequena, entre pessoas que jamais vi na vida mas que só uma entre elas todas faziam eu me sentir como estava me sentindo agora.
- Eu te amo, Gizelly."
Ela parecia ter paralisado nesse instante. Ficou me olhando sem dizer nada e de repente se jogou em meus braços, tomando minha boca com pressa. Sua língua chupava meus lábios sem pausa, era tudo tão envolvente que nossos corpos pareciam não querer se desgrudar mais. As vontades, os desejos, as emoções...tudo estava aflorado e eu não fazia a mínima questão de apressar aquele momento. Trocamos ainda mais carícias naquela noite, enquanto admirávamos a lua e as estrelas. Gizelly e eu não nos soltamos mais nenhum segundo e nem percebemos quando pegamos no sono, com os corpos colados um no outro.
(...)
Acordei no meio da noite sentindo um vento gelado em meu corpo. Abri os olhos ainda sonolenta e me deparei com o motivo do meu primeiro sorriso pela manhã, Gizelly dormia tranquilamente do outro lado do colchão e a luz baixa da lanterna me dava a visão de seu rosto tão sereno e calmo.
Olhei para o celular e vi que ainda eram quatro horas, então me levantei e fechei o zíper da barraca que sequer nos lembramos de fechar antes de dormir. Deitei novamente e a abracei por trás, sentindo seu corpo gelado e beijando sua nuca com cautela para que ela não acordasse.
- Por que está acordada? - perguntou sonolenta em um fio de voz, encolhida em meus braços - que horas são?
- Estava frio, fui fechar o zíper da barraca. São quatro horas ainda - respondi, baixinho - não queria te acordar.
Ela se virou e deitou seu corpo completamente sobre o meu, cobrindo o rosto em meu pescoço. Sorri e a abracei, passando as mãos levemente em suas costas enquanto sentia sua respiração subir e descer em meu peito.
Eu queria parar esse momento e ter Gizelly em meus braços pelo resto do dia, precisava sentir seus lábios e me aprofundar na imensidão dos seus beijos, então não esperei nem mais um segundo e o fiz, dando inicio a um beijo cheio de sentimentos. Seus lábios tão macios não me faziam querer parar, eu poderia ficar horas presa naquele beijo e não me cansaria, mas Gizelly começou a tremer sobre meu corpo e no mesmo instante separei nossos lábios.
- O que foi? Você está tremendo Gi - respondi, pegando a coberta e colocando sobre nós.
- Eu te amo, Marcela...eu te amo tanto que chega dói em mim - respondeu pausadamente, ainda tremendo sobre mim.
Eu achava que nada poderia ter sido melhor até agora, mas eu estava enganada. Apenas segurei seu rosto e selei nossos lábios demoradamente e com carinho, encostando nossas testas uma na outra e a abraçando forte para que o frio que ela estava sentindo passasse rápido.
- Eu também te amo - respondi de olhos fechados - eu te amo muito, Gi.
- Eu quero sentir você em mim Marcela... - sussurrou contra minha boca.
Abri meus olhos e a olhei por alguns segundos, para depois beijá-la. Chupei sua língua e explorei cada canto de sua boca enquanto a abraçava, até sentir seu corpo parar de tremer e até que ficássemos sem ar. Apoiei as mãos no colchão e me sentei com ela sobre meu corpo, que entrelaçou as pernas em minha cintura e passou os braços em volta do meu pescoço enquanto ainda nos beijávamos.
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Incondicional | Gicela
FanfictionMedicina sempre foi a paixão de Marcela, mas para concluir seu curso ela precisaria fazer estágio em uma cidade do interior. Não seria fácil deixar a vida em São Paulo e se adaptar a realidade de uma cidade pequena, longe da família, amigos e festas...