Capitulo XLVI

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"Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser necessários, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do castigo, que nunca falha."
Maquiavel

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Os meses passaram e as crianças estavam muito mais felizes em sua nova casa. Elas conheceram sua respectiva avó que era como Gael, bem gordinha e muito linda. O menino tinha até ficado mais feliz por se parecer co alguém da família. Dona Heize, então se encontrava radiante por ter mais netos. No começo só imaginou possuir da única filha mais agora tinha Heitor um rapaz que a chamava de avó e também Diana que gritava a todos os pulmões o título.

Clodoaldo pedia para crianças repedir diversas vezes os nomes deles. Não acreditavam que seu sobrenome seria levado adiante. Agora possuía netos, esposa e filhos. Sim! A enteada gostava tanto dele que começou a chamar de pai sem nenhum receio. Ele junto a esposa aproveitou final de semana no campo mais retornaram pela segunda para suas obrigações na capital. Como prometido os próximos irem visitar eles seriam os netos. Antony queria mostrar a mansão as crianças e levar os meninos para conhecer o parlamento. Principalmente Arnold que iria usufruir seu título um dia, mais fazia total afeto pelos outros filhos que seriam futuros barões pelo, o poder da pequena herança que cada um teria. Queriam que os meninos tivessem apego por leis e quem sabe algum deles se torne juiz e mude as malditas leis de época.

Estavam um pouco desanimados por causa da partida do tio Heitor, que ficaria muito anos fora como os pais explicaram, mais o marquês prometeu que no natal retornaria para casa e mostraria o ducado de Sussy para eles. As crianças fingiram ânimos mais, no fundo, estávamos muito tristes pela partida do futuro soldado de guerra.

Luna até chorou por dias e teve febre, mais o médico acalmou os nervos dos pais de primeira viagem e a pedido dos duques, ele examinou os meninos e infelizmente deu uma notícia não muito boa aos pais e se assustou com a reação de Antony, que jogou a cadeira na parede quebrando o objeto de madeira pela raiva que o consumia e jurava em silêncio que iria se vingar do maldito e se preciso arrancaria a cabeça do infeliz.

Por isso a mais o menos seis horas, Antony se encontrava no escritório trancado, imerso no seu ódio e na sua bebida. Enviou uma carta ao capitão pedindo conselhos para agir com tal situação. Ele era pai, já amava os filhos tanto que era capaz de matar qualquer um mais não podia agir na força da emoção e se socorreu ao capitão que além de sábio tinha mais de seiscentos filhos além dos seus dois biológicos. Admirava o homem tanto ao ponto de colocar a vida de um dos seus filhos nas mãos calejadas do capitão.

Ouviu batidas na porta e permitiu que quem fosse entrasse. Quando viu que era o filho Cristian, que entrou de cabecinha baixa e tremendo de medo de olhar nos olhos dele ele respirou e se arrumou na cadeia para receber o pequeno.

— Papai o médico te falou algo?-Perguntou baixinho envergonhados, pois, somente Arnold sabia seu segredo sujo.

— Contou – Antony confirmou, não queria ter uma relação de mentiras com os filhos e o menino começou a chorar.

— Se desejar, posso ir embora, mais não mande os meus irmãos. Somente eu sou sujo eles não, acredita em mim. Nunca mentiria pra o senhor iria contar mais estava com muita vergonha por isso não contei. Não sou mentiroso aprendi com as freias que não posso viver em pecado mentindo, mais se contasse para alguém o senhor V prometeu que mataria todos, então não contei por medo. Mais ai o papai Levi falou que sempre protegeria a gente e se não conseguisse o senhor viria como urso da floresta para ser nosso salvador. Por favor, me perdoe! Quando aceitei o combinado era para dar remédios a Nigel que estava com muita febrinha e se não tivesse agido com o coração nada tinha acontecido comigo e principalmente com Arnold que levou uma surra ao tentar me proteger. Prometo papai que jamais acreditarei novamente no senhor V ele é muito mau e me machucou. – Cris revelou tudo muito assustado e como sempre no seu tom baixinho só que agora temi em ser expulso da mansão e por sua causa os irmãos perderiam o teto que Deus tinha dado a eles.

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