Capitulo LV

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"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento."
Vinicius de Moraes

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Cansados de tanto brincarem entre as  árvores com as crianças, os duques se encontravam exaustos, inapropriado por estarem descabelados, sentados embaixo do enorme pé de manga do bosque, chupando mangas com os filhos. Diana e Felipe estava junto ao casal só que do ladinho de Felipe, sorrindo. A mais lambuzada da tropa era a pequena Luna que chupava a fruta com tanto ânsia que parecia que ia secar a árvore. Os pais sabiam que a gula das crianças precisava ir tratando com cautela de acordo coma recomendações do médico deles e assim faziam, sempre explicando que jamais retornariam ficar sem alimento, então não precisavam comer tudo em uma única hora.

Antony percebendo que sua lobinha não estava focada na sua melhor amiga; chupeta. Analisava uma forma de pegar e esconder para filha ir desapegando ao uso, já não era tão bebê para viver agarrada ao adereço infantil.

— Vou pegar e você distrai – Sussurrou para o marido que concordou com um sorrindo singelo.

— Não papaizinho. Luna não fica sem a chupetinha dela e custou uma fortuna – Gael atrapalhou o plano e o duque deu um estranho na cabeça do filho que resmungou por ter doido.

— Senhor Antony – Felipe chamou se sentindo muito nervoso, mas devia agir como um homem e o mais velho já percebendo do que se tratava olhou para o pequeno milorde muito desconfiado — Posso ter permissão para cortejar, 'milady' Diana?–Perguntou em uma postura ereta e fazendo abelhinha fica tímida.

O duque revirou os olhos e fingiu um desmaio caindo de braços esticados na grama. Sua atitude fez o marido sorrir por ver o drama do loiro e os olhos arregalados de preocupação dos filhos. Diana suspirou sabendo que tudo era um drama da parte do irmão.

— Meu amado, por favor cuide de tudo na minha ausência, sinto que meu coração está parando aos poucos – Fez seus últimos lamentos e o ruivo riu deitando a cabeça no seu peito atlético do loiro e começou fingir que ouvia seu coração — Percebe como está falhando?

— Que barulho faz papai?-Cristian perguntou preocupado lembrando da freira que tinha caído dura na frente deles uma vez e nunca mais voltou.

— Tic, tac, tic, tac, Diana não pode aceitar o elance, sendo ainda uma criança – Levi brincou mais deu sua resposta.

Tanto a cunhada como o pequeno Felipe suspiraram triste e se olharam disposto ao plano dois, fugirem!

— Mais algo amor? Julgo que ainda sinto que meu coração não está acelerando.

— Tic, bum, tic, bum. Luna vai vira freira e se dedicar a Deus – Levi falou e os meninos gargalharam vendo a irmã larga a manga e balançar a cabecinha frenética em negação.

Tinha medo de morrer dura no chão, como a velha senhora que infartou.

— Meu Levi, não conte comigo mais quando quiser fugir para, China – Diana falou chateada e o ruivo sorriu e cutucou Antony.

— Xililique, xililique, 'milady' Diana pode chorar e até ficar chateada mais não vai se casar ela também vai ser freira – Levi imitou um chinês falando e os filhos caíram na risada menos o casalzinho.

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