"- Tem tanta coisa acontecendo ... Acha mesmo que estamos prontos pra isso tudo ? - perguntou ela quando os barulhos dos fogos ficaram mais baixos , já que a única coisa que Victoria podia sentir e escutar agora era ele
- Acho que vamos descobrir s...
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Sinto meus pés tocarem os pequenos grãos de areia , enquanto meu olhos observavam em volta , mas minha mente estava presa nas última cinco horas .
Isso mesmo CINCO HORAS. O tempo que eu fiquei preso em uma van , cheia de doidos psicóticos, entre gritos , choros e risos .
E acredite não foi uma experiência nada boa , e a pior parte era que eu não tinha o direito de reclamar já que aquilo tudo estava acontecendo graças a mim ...
Não adianta ficar me martirizando, até porque o que aconteceu foi mesmo culpa minha e do meu pouco autocontrole.
Isso é se ele existe .
Mas eu nunca admitiria que era culpa minha , até porque eu não era o único culpado de toda essa grande avalanche de merda .
Meus olhos vão até a garota que estava andando toda atrapalhada , pela areia em direção a casa aonde passaria os próximos 30 dias da minha vida . O lugar era grande , na verdade dava e sobrava espaço pra colocar todas aquela pessoas .
Só que eu não ligava muito pra casa , e sim pra onda de raiva que crescia dentro de mim , graças Victoria Deschamps.
Parte daquilo era culpa dela , se não nos dois não estaríamos metidos nisso juntos . E eu estava disposto a descobrir o que ela tinha feito pra deixar uma pessoa tão brava a ponto de me mandar pro fim do mundo . Ou quase .
- Ei cara . O que fazendo ? - Sinto as mãos de um dos meus melhores amigos passar pelos meus ombros e balançar meu corpo , me acordando do transe estranho que estava tendo de pensamentos.
Olho em volta percebo que éramos os únicos ali , que todos já estavam indo na direção da casa .
Uau . Eles eram rápidos .
Me viro rapidamente e pego minha mala , com Antônio ainda do meu lado .
- er... Vendo se é seguro andar - Bato um dos meus pés na cadeira , recebendo um olhar desconfiado de Toni .
Antes que ele pudesse rebater a frase sem sentido que tinha saído da minha boca , eu começo a caminhar com ele logo atrás de mim .
Andamos em silêncio até chegarmos até a parte de frente da casa , que ficava virada pro oceano . E quando cheguei lá tive uma surpresa ...
Absolutamente ninguém tinha entrada no local , estavam todos parados na pequena varanda , fazendo o ambiente parecer uma lata de sardinha .
Paro de subir assim que chego no segundo degrau sendo bloqueado pelas malas .
O que , que tava acontecendo aqui ?
- Ei ? Porque parou ? - Antônio estava emburrado porque tinha areia entrando nos seus sapatos .
- Eu não sei , pergunta na barreira que tem aqui na frente . QUE BURRO QUE EMPACOU AI ? - Gritei pras pessoas que estavam mais próximos da porta ouvirem , enquanto a impaciência dentro de mim crescia .
