2- A Entrevista

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O resto daquela semana foi de muita correria para mim, tive de trabalhar, pensar em respostas concretas para dar ao reitor da faculdade, buscar passagens e hospedagens de ultima hora, eu iria no sábado para Seoul e hoje, sexta-feira, Taeyong e Baekhyun decidiram me levar para sair antes da entrevista, eu já sabia que se fosse aceitada na entrevista eu já poderia ficar lá no alojamento da faculdade então eu já estava me preparando para caso eu ficasse.

Quebra de tempo

Ok, já estou lidando com a ideia de que você vai abandonar a gente naquele escritório sem graça - Taeyong disse, ele já estava bêbado.

Já disse que não irei abandonar vocês, não sei nem se irei passar na entrevista - eu conclui com medo dando um gole na long neck

Não, não pense assim - Bae me reprovou - O que tiver de ser, será. Nada acontece por um motivo, já te disse isso, gatinha - o mesmo me dá um beijo na testa.

Exatamente, não fique nervosa, só pense no quanto amamos você - Tae estava bêbado, mas as palavras dele me confortaram demais.

Obrigada, meninos. Não sei o que seria de mim e minhas paranoias sem vocês. - puxei os dois para um abraço.

Como eu teria que pegar um voo no dia seguinte, Bae e Tae tomaram conta de mim para não beber muito. Os dois me deixaram na portaria de meu prédio, eu logo subi, fui ao meu quarto tirei minha maquiagem e roupas e deitei na minha cama.

Quebra de tempo

Filha? Hora de acordar - minha mãe estava do meu lado tentando me acordar.

Hmmm - eu ainda estava dormindo, e estava reclamando pelo horário que ela estava me acordando.

Vai mesmo querer perder seu voo? - minha mãe disse de forma gentil - Vai, vamos S/n, hoje é o grande dia - ela completou.

Tá - acordei contra minha vontade, mas logo me despertei lembrando de que eu tinha um voo para pegar.

Fui fazer minhas higienes, tomei um banho, escovei meus dentes e logo vesti uma roupa arrumada mas confortável, logo saí de meu quarto vendo que meus pais já estavam prontos para irem ao aeroporto, quando eu vi que já estávamos saindo, eu senti um frio na barriga, mas logo lembrei da noite anterior e das palavras de Bae e Tae, me senti melhor. Saímos do nosso apartamento e fomos sem demora ao aeroporto, após alguns minutos nós chegamos ao aeroporto e eu estava bem confiante.

É o seu voo, Pin - ouvíamos a chama de meu voo nos autofalantes do aeroporto - Se cuide, qualquer coisa nos ligue, não importe o horário.

Isso, bebê. Não perca seus documentos, sempre nos ligue e mande sempre mensagem, nos atualize de com quem você anda e onde está - minha mãe claramente estava preocupada, mas eu não dei muita bola, eu sabia o que fazer.

Foi quando eu estava indo, senti uma mão segurar meu ombro e me puxar para um abraço urgente.

Faça uma boa viagem, pequena - Era o Bae

Você veio - puxo para um beijo

Não ia conseguir não vir, resolvi umas coisas em casa e vim o mais rápido que pude - ele me analisava, como se fosse a ultima vez que íamos nos ver.

Onwt, você é fofo demais - ouço novamente a chamada de meu voo - Preciso ir - damos outro beijo.

Faça uma boa viagem, me ligue qualquer coisa e em qualquer horário, me mantenha atualizado - Bae falou rápido.

Eu te amo - eu digo olhando em seus olhos

Eu também te amo - Bae dá um ultimo selar em meus lábios e me deixa ir.

Foram longas horas de voo, nesse tempo que estive dentro daquele avião eu ri, chorei e lembrei de vários momentos, momentos que eu não dava tanta importância como agora. Eu havia pego num sono quando ouço o piloto dizendo que estávamos prestes a descer, eu acordei e logo fiquei ansiosa. Nós descemos e pude sentir o vento da Coreia em meu rosto, segui com os outros passageiros para dentro do aeroporto, peguei minha mala e fui procurando algum taxi para me levar para a faculdade, quando alguém me cutuca.

Sim? - eu me viro desconfiada

Oii, meu nome é Bora e eu vi a etiqueta com a logo da faculdade, está indo para lá? - ele parecia ansiosa, disse tudo bem rápido, mas eu concordei.

Estou, você estuda lá? - eu perguntei

Vim estudar também, eu fiz minha entrevista e passei, mas deixei umas coisas em minha cidade natal, precisei voltar para buscar - ela olhava muito para os lados - Olha podemos rachar um taxi e irmos juntas para a faculdade.

Tá, pode ser - eu topo porque estou perdida, ela podia parecer louca, mas sabia pra onde estava indo, eu estava sem rumo.

Ótimo, vamos - ela logo me pega pela mão e vamos passando por muitas pessoas, até chegarmos ao lado de fora do aeroporto.

Bora reverenciou o motorista que se ofereceu para guardar minha bagagem, ele colocou no porta-malas e lá fomos nós seguindo viagem para a faculdade.

Quebra de tempo

Já estávamos há mais de um hora naquele carro, até que o mesmo para em um bairro pouco movimentado, e eu tinha certeza de que aquilo não se tratava de uma faculdade.

Ok, Bora né? Aqui não é a faculdade, tenho quase 100% de certeza disso - olhei com cara fechada.

Relaxe, paramos aqui para comer, me desculpa se não gostar do lugar - ela disse com uma cara de quem estava tramando algo.

Logo entramos no estabelecimento e me dei conta que o motorista estava subindo com  minha mala pelos fundos.

Bora, ele está levando minha mala, que porra está acontecendo aqui - perguntei já puta da vida.

Olha eu vou explicar tudo, mas antes vem comigo - Bora pegou na minha mão me puxando para uma sala no fim de um corredor daquele estabelecimento - Entenda meu lado, por favor - Bora começou a chorar abrindo a porta.

Olá, nossa Bora não assustou você, né? - uma mulher de meia idade e batom vermelho se virou na cadeira - apontando para a cadeira na frente dela, me pedindo para sentar.

Onde estou? O que está acontecendo? - eu já estava assustada

Bem vinda, a sua nova casa nos seus próximos anos de vida, o bordel onde eu comando. Bora trabalha pra gente, ela é responsável por achar novas meninas se ela não faz o trabalho dela, a família dela paga, ela chegou aqui assim como você - aquela mulher ia me explicando enquanto eu não conseguia controlar minhas lágrimas - Não obedeça as minhas ordens e você vai conhecer o inferno mais cedo, vá pro seu quarto e se prepare pra mais tarde - ela completou.

Eu sou virgem, não vou fazer nada disso - comecei a chorar mais - Por favor, eu não sei fazer nada, isso foi um engano, me deixa ir embora por favor - eu ainda chorava enquanto falava.

Olha que bonitinha você tentando, hoje você vai só andar pelo salão, o chefe estará aí de noite, e para seu juízo, meu nome é Daehye

Eu saí daquela sala acompanhada por dois seguranças que me agarravam pelo braço, cheguei ao meu quarto no qual tinham 3 garotas, Bora e mais duas, Yuna e Trisha, eu daria qualquer coisa pra sair daquele lugar...

Ligações PerigosasOnde histórias criam vida. Descubra agora