Capítulo 12

1.7K 258 64
                                    

Pov Dakota

Ver o meu anjinho em cima de uma cama doente me fez ficar tão mal. Elisa nunca foi uma criança que ficava doente com facilidade, pelo contrário, sempre foi muito forte, porém ficar sem o pai a está deixando mal.

Eu não parei para analizar as consequências quando saí de casa e denunciei Eric. Não avaliei que minha filha ficaria morrendo de saudades do pai.

Ver minha pequena chamando por ele partiu meu coração. Eu sei o quanto pode doer ter que ficar longe de que a gente ama, ainda mais quando se é tão pequena.

Mas o que realmente acabou comigo, foi ouvir ela pedir a Jamie que fosse seu pai. Aquilo foi como uma faca atravessando o meu peito. E só naquele instante eu pude me tocar de algo que eu nunca tinha parado para analizar. O motivo pelo qual Jamie sempre tratou bem a minha filha.

No início eu pensei que ele a tratava bem por amar crianças, mas com o convívio eu pude ver que Jamie está empenhado em me fazer sofrer pelo que aconteceu. Ele se tornou uma pessoa ressentida e fria, que gosta de ver o desespero dos outros, ou quem sabe seja apenas o meu. Ele tem motivos para ser assim e eu me questionava tentando entender porque ele tratava a filha de seus piores inimigos com tanto afeto. Naquele momento tudo fez sentido.

Jamie estava usando a minha pequena para me atingir. Fazia alguns dias que ele tinha feito aquele maldito jogo de sedução comigo e só eu sei o quanto seu deboche me magoou. É claro que na frente dele eu nunca demonstraria isso, mas eu fiquei mexida. Fiquei hipnotizada por sua boca e por seu toque e quase me deixei levar pela situação. Ele estava me provocando para que eu caísse em sua armadilha.

Então aquilo de minha filha querer que ele seja o seu pai me desarmou. Me fez perceber que eu realmente não conhecia o homem com quem eu estava vivendo.

Como eu pude ter me enganado duas vezes com o mesmo homem?

Eu devo ser muito burra, ou muito ingênua para que todos os homens que passem em minha vida me enganem com tanta facilidade.

Todavia se existe algo que me deixa fora de mim é magoar Elisa. Ela é a minha vida e sou capaz de tudo para protegê-la. Por isso, se Jamie acha que pode usar o meu bebê para me magoar ele está muito enganado. Antes disso eu sou capaz de mata-lo com minhas próprias mãos. Ele não sabe o que uma mãe é capaz de fazer para defender a sua cria.

Já estava difícil conviver com Jamie, acho que agora a situação vai ficar ainda pior. Agora sei que ele não tem limites e preciso estar preparada para tudo. Sinceramente não me importo que ele continue a me magoar, eu sou forte e posso aguentar porrada, porém minha filha não. O que ele tiver que fazer comigo, faça, mas minha filha não será envolvida nessa confusão.

...

— Bom dia, meu anjinho! — Digo quando vejo Elisa abrir os olhos.

— Bom dia, mamãe! — Ela se junta mais a mim e me abraça com força.

Eu poderia ter acordado cedo e ido fazer o café como faço todos os dias, mas depois do que aconteceu ontem eu não tenho a menor vontade de encontrar Jamie. Esse homem só sabe me irritar. Minha vontade é meter a mão naquele daquele filho da puta gostoso. O homem é um bastardo, mas está mais gostoso que nunca e eu não paro de pensar o que poderia ter acontecido se ele não tivesse começado com aquele discurso ressentido.

Eu senti sua ereção bater contra a minha barriga e estava ansiando pelo que aconteceria a seguir, mas me toquei que nada vai acontecer e nem pode. Mesmo que ele me deixe completamente excitada.

Jamie já me magoou por uma vida inteira. Tudo que vier dele de agora em diante sei que será com o único intuito de me ferir para vingar nosso passado. Como se ele fosse um santo e eu uma fosse da puta sem coração.

Obstinada Paixão (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora