CAPÍTULO 8: FAMÍLIA DUARTE
Depois dos eventos que aconteceram em Caratinga, eu e Giovanna estávamos nos dirigindo em direção à Governador Valadares. Assim, nós caminhávamos pelo canto da Br-116, a vegetação estava seca, era verão, suponho ser dia 23 ou 24 de janeiro de 2021, calor de Minas Gerais, e nós resolvemos parar para descansar em uma pequena cidade chamada Alpercata, próximo de Governador Valadares.
Ao chegar lá, paramos em uma casa que tinha um poço artesiano, pegamos bastante água para nos hidratarmos, pois, o calor era imenso. Giovanna estava com seus cabelos ruivos presos, usando uma camiseta e seu casaco estava amarrado na cintura. Após matar alguns infectados, nos sentamos em frente a uma loja, enquanto esperávamos nossa água gelar, pois, tinha energia elétrica no lugar. Durante essa espera, eu e Giovanna conversamos sobre o que acontecera antes, foi aí que ela me perguntou:
- Ei Marcos, como você fez aquilo no outro dia contra o infectado monstro?
- Eu não sei, eu só me levantei e me movi, não lembro de ter feito nada de especial. Eu senti como se tivesse uma corrente elétrica em cada parte do meu corpo.
- Você consegue fazer aquilo de novo?
- Não sei, talvez, mas não sei fazer isso de novo.
Depois da nossa conversa sob aquele sol do meio-dia, nós bebemos água gelada e nos refrescamos naquele momento de relaxamento, enchemos nossas garrafas e seguimos viagem.
Após quase uma semana e meia de viagem, que deveria durar apenas 4 dias, nós chegamos a Governador Valadares. E como era uma cidade grande, precisávamos ter cuidado, pois, havia muitos infectados no lugar, o que me deixou apreensivo e preocupado com a situação da minha família. Nós esgueiramos por entre as casas, tomando todo o cuidado para não fazer barulho, matamos alguns infectados silenciosamente. Entramos em um prédio, nos abrigamos por que estava anoitecendo. Eu pesquisei em um mapa da cidade que eu achei em uma delegacia o lugar em que a casa da minha família ficava, e ficava a uns 3 quilômetros de distância de onde nós estávamos. Então decidimos esperar até o amanhecer para chegarmos em segurança na casa sem atrair infectados.
Durante a noite, eu e Giovanna estávamos conversando sobre a minha família, até que ela me fez a seguinte pergunta:
- Marcos, como é a sua família?
- Ela é legal, só um pouco excêntrica, mas são gente do bem. Meu pai é cabeça dura, mas é mole que nem manteiga, minha mãe é mais brincalhona, minha irmã é a séria da família e o meu irmão mais velho é muito inteligente.
- Eles parecem muito legais.
- Realmente, são sim, meu pai me dizia: ''filho, se você puder ajudar alguém, ajude porque assim sua vida será muito mais feliz''.
- E será que eles iriam gostar de mim?
- Claro que sim, ainda mais fofa do jeito que você é... certeza que eles iriam gamar em você.
- Sério?! Então eu tenho que causar uma ótima primeira impressão. Disse Giovanna ansiosa.
- Relaxa, só seja você mesma.
- Então tudo bem!
Depois disso nós continuamos a conversar mais um pouco antes de dormir.
No dia seguinte, bem cedo, nós nos dirigimos até a casa em que eles se encontravam. Faltando 200 metros, eu já ver a casa, que ficava em uma área mais afastada do centro da cidade. Então, assim que eu cheguei na varanda, eu parei... respirei, senti o cheiro de madeira velha que pairava no ar... e bati na porta. Imediatamente um homem abriu a porta, apontou uma arma para a minha cabeça e gritou, dizendo:
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PV - POWER VIRUS
Science FictionA Terra do ano de 2020 foi atacada por um ataque de zumbis, e Marcus Duarte está no meio de tudo isso. Cabe a ele sobreviver e contornar essa situação cheia de reviravoltas e poderes insanos.