PV - POWER VIRUS

CAPÍTULO 76: A CAPITAL DO IMPÉRIO

Depois de alguns meses no reino de Tapiramutá, recebi uma missão de Bruno, o atual regente da nação. Nessa tal missão, conheci Void, um combatente de alta patente que vigia a fronteira com o Império Savitar. Após algumas lutas e conversas, ele me disse sobre de uma missão em busca de informações sobre uma nova arma que o império estaria construindo. Contudo, dado o histórico da natureza volátil de Void, nenhum soldado ou agente do reino de Tapiramutá aceitava participar dessa missão, pois diziam que era como "mandar soldados para o suicídio sem motivo". Todavia, graças a um pedido de Bruno, acabei aceitando a missão.

Durante o caminho, Giovanna e eu conhecemos Yoshida, Stephany e Thainá, agentes do reino que nos ajudariam nessa missão. Yoshida nos ensinaria sobre as armas e o modo de combate da região, enquanto Stephany e Thainá ensinavam a como nos disfarçar entre o povo, e a como usar a linguagem corporal como arma para extrair informações importantes.

Viajamos pelo País em direção ao norte a pé durante um quarto do trajeto. Logo em seguida pegamos uma condução que nos levaria pelas montanhas rochosas até uma cidade chamada Sehir disi, por sua grande altitude. Logo após, seguimos de trem através das montanhas até a região norte do Império, onde ficava o nosso destino.

Passados 3 dias de viagem por meio de uma estrada que levava para o norte do Império, Giovanna, Stephany e eu chegamos na capital, que estava em uma altitude muito alta em relação ao restante do território, cerca de 3000 metros acima do nível do mar. O clima deserto deu lugar a um ambiente gélido e coberto neve. Confesso que era a primeira vez que eu estava vendo neve na minha vida. Sendo a primeira vez, tive uma certa dificuldade em me adaptar ao clima local.

Como um morador do Rio de Janeiro, que cresceu no calor de 40 graus, fiquei encantado com a beleza e o aconchego que a neve consegue proporcionar a uma pessoa. Apesar de pouca, a fauna e a flora tinham o seu lugar de respeito em meio à paisagem. Contudo, eu mantive em mente o meu objetivo durante o percurso.

Estávamos indo para a capital para participarmos do teste de admissão na Academia de Prodígios do Império, a famosa API, onde todos os futuros cientistas, pesquisadores, guerreiros e cavaleiros mais talentosos do império estudam.

Nossa missão era de nos infiltrar na academia e fazer amizade com uma professora chamada Ana Beyaz, pesquisadora responsável por comandar as pesquisas relacionadas à manipulação de DNA e genética. Mesmo parecendo uma pesquisadora comum de universidade, as informações que Stephany coletou indicavam que Beyaz estaria envolvida no projeto de uma nova arma capaz de destruir o reino de Tapiramutá.

Chegando nos portões da cidade, pude contemplar um portão gigante à minha frente. Ademais, também haviam 2 pares de guardas armados com espadas e arcos. Enquanto nos aproximávamos, Giovanna, levemente nervosa com a situação, disse:

- (Giovanna) E agora gente? O que a gente faz?

- (Stephany) Não se preocupe, aja normalmente. Thainá cuidou de todos os documentos, eles ficaram perfeitos, devemos passar pelos guardas sem problemas.

- (Giovanna) Tomara que sim... não sei o que faria se tudo desse errado...

- (Marcos) Se tudo der errado, eu uso os meus poderes para nos tirar daqui o mais rápido possível.

- (Stephany) Por favor, não faça isso... isso nos mataria em minutos.

- (Marcos) Nossa, por que isso? Eu sei que tem sensores por toda a parte do Império, mas não achava que a situação estava tão ruim assim. Que arma eles teriam para serem capazes de me matar em minutos?

- (Stephany) Bom... primeiro de tudo: existem bombas a mais ou menos 10 metros de profundidade embaixo da gente. Segundo: Estão vendo aqueles 4 canhões de energia gigantes em cima dos muros? Então... eles não são só de enfeite, e conseguem pulverizar qualquer coisa a uma distância de até 5 km. Portanto, mesmo que sobreviva a cada uma das bombas, na sua velocidade mais rápida, não daria tempo para fugir de uma rajada de energia que rivaliza até com o poder de Marquinhos. Terceiro: Existem cerca de 100000 caçadores de recompensas na capital, além de 1000 cavaleiros reais, e os 10 Escolhidos... O simples sinal de que existe alguém com poderes no Império colocaria uma recompensa em suas costas facilmente. Seriamos caçados pelos melhores e mais eficientes combatentes desse lugar... morreríamos em questão de horas...