CAPÍTULO 26: A MISSÃO DE BELOX

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CAPÍTULO 26: A MISSÃO DE BELOX

Enquanto o esquadrão S se preparava para iniciar uma busca atrás de mim, eu me continuei a ajudar Belox a construir o dispositivo limitador que Gabriel projetou para mim.

Giovanna e eu estávamos no laboratório dele, terminando um dispositivo que serviria para regular a voltagem do equipamento. Já tinha se passado um mês desde que chegamos a Brasília e tínhamos começado a trabalhar no projeto. Foi quando Belox, segurando uma xícara de café e um buquê de rosas, chegou e até nós e disse:

- Venham aqui, os dois.

Então, sem entender nada, Giovanna e eu paramos nosso trabalho e seguimos Belox até a entrada do apartamento. Chegando lá, ele nos pediu para colocarmos nossos calçados e acompanhamos ele até o elevador, e entrando nele, me ousei a perguntar para onde estaríamos indo junto dele. Foi então, que ele me disse:

- Vocês vão me acompanhar a um lugar que eu não posso ir sozinho, já que minhas habilidades são bem menos eficazes em infectados. Portanto, por favor, me ajudem a chegar no cemitério da cidade.

Sem hesitar, Giovanna e eu aceitamos o pedido dele, e assim, ao chegarmos na entrada do prédio, nós fomos ao shopping da cidade, onde Belox pretendia encontrar um abajur dentro de uma loja lá dentro.

Depois de Giovanna nos levar voando até lá, entramos por uma entrada pelo estacionamento na parte de cima do Shopping. E após entrar, olhamos para o primeiro piso abaixo de nós e vimos que o local estava infestado de infectados, e por algum motivo, estavam reunidos em uma única direção, que era a loja de utensílios domésticos, justamente a que estávamos procurando. Então, Belox chegou e disse:

- Eu preciso de um abajour que está lá dentro, então, eu vou atraí-los e enquanto isso, preciso que me ajudem eliminando esses infectados que estão bloqueando o caminho.

- Tudo bem, vamos Giovanna.

- Sim!

Imediatamente, descemos até a entrada da loja e preparamos nossos poderes. Belox soltou grito bem alto quando chegou perto, o que chamou a atenção dos infectados, e assim que eles partiram para cima dele. Momentos depois, ele ativou sua habilidade, dizendo:

- SARCÓFAGO DO MILÊNIO...

Nesse instante, os infectados afetados, caíram no chão imediatamente, como se estivessem sendo afogados. Enquanto isso, haviam os outros que vinham por trás, eu e Giovanna cuidamos ao disparar tiros de eletricidade e bolas de gravidade sobre eles.

De repente, quando estávamos atravessando os corredores da loja, um infectado extremamente rápido me surpreende e me joga contra a parede da loja, e em seguida me acerta um soco que, se eu não tivesse ativado meus poderes, teria me matado. Esse golpe quebrou a parede da loja e me arremessou até o terceiro piso do 'shopping', me fazendo parar em uma loja de artigos esportivos.

Em seguida, o infectado apareceu rapidamente para me enfrentar. Ele tinha um perfil bem diferente dos infectados comuns; os olhos dele estavam brilhando em vermelho sangue, e saíam lágrimas de sangue de seus olhos. A expressão dele estava enfurecida e cheia de ódio, como se nos tivéssemos tirado algo de precioso dele. Então, imediatamente, me soltei da parede em que estava preso, peguei minha espada que Gabriel me dera, e me posicionei para atacar aquele monstro, que cada vez mais parecia se enfurecer. 

Diante disso, desferi um golpe rápido contra ele na direção do pescoço, contudo, ele conseguiu desviar e no mesmo instante tentou dar um soco direto na minha cara, mas eu consegui cortar a mão dele antes disso. Então, me afastei uns 8 metros e tentei uma nova investida, usando o golpe "CORTE OCULTO DO RAIO" eu mirei para cortar os braços do infectado, porém, só consegui cortar o braço direito dele, devido a sua grande velocidade e agilidade. E em seguida, ele correu para se salvar, rapidamente em direção a uma loja de roupas, em busca de se esconder. O que me deixou bastante intrigado, pois eu nunca tinha visto um infectado ter inteligência o suficiente para conseguir formular estratégias de combate.

Uns 40 segundos depois, Giovanna chegou voando preocupada com o que estava acontecendo. Ela veio até mim e disse:

 - Marcos! Você está bem?! 

- Ah! oi Giovanna, sim, estou bem...

- Quer que eu te ajude a matar esse infectado?

- Não precisa, na verdade, quero que você faça outra coisa...

- E o que seria?

- Preciso que você mantenha os infectados longe daqui, pois essa batalha está gerando sons muito altos, e certamente, em breve, aqui vai estar infestado de infectados novamente.

- Tudo bem, mas tome cuidado, eu nunca vi um infectado assim...

- É, eu também não...

Assim, prossegui adiante até a loja em que o infectado havia se escondido. Incrivelmente, estava tudo silencioso, e não havia movimentação de nada na área. Então... de repente o Infectado surge por entre as roupas da loja desferindo um soco, que se eu não tivesse defendido, teria quebrado meu braço. E graças a minha percepção, notei que o braço do infectado havia se regenerado após eu ter cortado ele. E dessa vez ele parecia estar dizendo alguma coisa, que parecia ser uma frase, que dizia "NÃO TIRE LUGAR" e "SAIA DAQUI". Então, mesmo sem vê-lo, tentei me comunicar com o infectado, dizendo:

- O que você quer dizer? Estamos aqui somente para pegar um objeto para um amigo meu...

- NÃO, VOCÊS VIERAM BAGUNÇAR O LUGAR... SAIAM DAQUI OU MORRAM!

- Infelizmente não posso fazer isso...

- ENTÃO, VOCÊ VAI MORRER!

Assim, o Infectado me atacou com ataque pelas minhas costas, porém, eu já esperava isso. Deste modo, usei uma técnica chamada "LUA DO RELÂMPAGO CORTANTE", e desferi um corte giratório que cortou a cabeça do infectado instantaneamente, e assim finalizando a luta. 

E depois de vinte 30 minutos de luta, eu desci e encontrei Giovanna eliminando os infectados remanescentes. Depois de terminarmos de limpar o local, finalmente conseguimos entrar na loja de utensílios domésticos. E chegando na ala das luminárias, vimos belox próximo à estante de abajures. Belox se aproximou de um abajur vermelho e preto, que estava no fundo da estante da loja, e observando aquele objeto suas lágrimas rolaram sobre o seu rosto. E ele disse:

- Devia ter sido eu... pelo menos isso eu tenho que fazer.

E saindo do local, ele pediu que levássemos ele até o cemitério da cidade, que não ficava muito longe.

Chegando por lá, ele pediu que acompanhássemos ele até um túmulo que ficava a uns 50 metros de distância. E quando nos aproximamos, vimos ser a lápide de uma mulher que se chamava "Anna Neves". Logo, eu compreendi a situação do que estava acontecendo. Belox então pegou a xícara de café e o abajour e colocou perto da lápide, e disse:

- Aqui meu amor, eu sei que você não vive sem a sua xícara favorita, e esse é o abajur que você tinha ido comprar naquele dia..... me desculpe... deveria ter sido eu a morrer, mas pela minha preguiça, você está morta, e não existe um dia sequer que eu não me culpe por isso. Então, pelo menos, eu quero terminar o desejo do seu último dia de vida. Descanse em paz meu amor.

Ouvindo aquilo, percebi lágrimas no rosto de belox, que tentava disfarçá-las discretamente. Então ele se virou para mim e disse:

- Muito obrigado por terem me acompanhado nesse dia, já que hoje é o aniversário da morte da minha esposa.

- N... não, tudo bem, você merecia isso...

E após prestarmos respeito ao túmulo, voltamos para casa para continuarmos o nosso trabalho. Porém, uma dúvida ainda restava em minha mente: será que existem mais infectados com resquícios de consciência espalhados por aí? E se sim, o que estaria causando essa mutação neles?

PV - POWER VIRUSOnde histórias criam vida. Descubra agora