CAPÍTULO 37: INVESTIGANDO O DESASTRE

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CAPÍTULO 37: INVESTIGANDO O DESASTRE

Após Marcos e os integrantes do Esquadrão S se separarem depois da queda do avião, ele  encontrou Giovanni e juntos eles partiram para Belém, no Estado do Pará. Apesar de suas diferenças, a dupla de velocistas conseguiram vencer suas diferenças e trabalharam juntos para vencer os infectados que estavam em seu caminho. Contudo, o restante da equipe estava separada e enfrentava seus próprios problemas. Dentre todos, Jennifer foi a que caiu mais longe, pois seu para-quedas rasgou com a força do vento e ela caiu no chão com força.

Ao acordar, ela se deparou no meio da mata, de noite, já tinham se passado horas... e, ao se deparar com o cenário em volta, ela disse:

- AI... Que horas são? Onde eu estou? Parece que aqui não é Belém...  vou tentar me comunicar com os outros...

Ela tentou usar o comunicador para contactar o resto da equipe... porém...

- Droga! Não funciona... alguma coisa deve estar interferindo com o sinal do satélite... bom, primeiro preciso saber onde eu estou...

Prontamente usando sua bússola militar e a localização das estrelas, ela descobriu estar a cerca de 100 km de distância da cidade. E em seguida, ela procurou abrigo, pois estava chovendo bastante naquela noite.

Achando um local debaixo de uma árvore, e longe da chuva, ela decidiu dormir e esperar o dia raiar.

No outro dia, Jennifer levantou, comeu sua ração, conferiu seus suprimentos e decidiu continuar em direção a Belém, que estava a 100 km ao norte da sua posição. 

Após andar um pouco, ela chegou a uma vila chamada Guaramã, pequena e bem vazia, onde decidiu procurar uma estação de rádio para conseguir sinal de comunicação. Após procurar muito, ela encontrou um lugar que se assemelhava a uma igreja da região. E com um sentimento estranho sobre o lugar, Jennifer tomou a decisão de investigar o local. Aproximando-se da parte de trás da igreja, ela encontrou uma escada que levava a uma espécie de porão no andar de baixo. 

Ao passar por um lance de escadas, ela se depara com uma sala, que estava suja e muito úmida, devido a chuva ter se infiltrado pela porta. Não havia iluminação, então Jennifer usou um bastão de iluminação para poder enxergar melhor.  A sala era imensa e se estendia por uns 20 metros de pura umidade, sujeira, móveis velhos e mofo; até chegar em uma porta de um pequeno cômodo que continha um corpo e um bilhete.   O corpo parecia ser de um garoto de por volta de uns 14 anos, estava já decomposto, porém suas mãos seguravam um bilhete de papel. Ao chegar mais perto com o bastão de iluminação, era possível observar que o chão em volta da criança estava sujo de sangue seco.

Depois de retirar o bilhete da mão da criança, Jennifer o abriu... e leu o que estava escrito:

"Oi... eu não sou muito bom para escrever essas coisas, já que a professora não ensinou tudo para a gente, mas eu vou pelo menos terminar isso antes de você ir embora para Belém. Duda, eu sempre quis te dizer isso, mas não sei por onde começar, já que isso é bem constrangedor, e o Elias falou que carta é coisa de bixa, mas é só assim que eu posso me expressar para você, já que eu não tenho celular (ainda), e também sou muito tímido. 

Eduarda, acredito que seja óbvio, mas... eu sempre te gostei muito de você, e queria te falar isso por meio dessa carta. A gente cresceu junto, mas meus sentimentos por você cresceram de uma forma que eu não consigo explicar. E agora que você vai embora, eu preciso te falar a verde. É o que eu sinto, mesmo que seja meio besta o modo de me expressar.  Espero que você entenda meus sentimentos.  Assinado Guilherme dos Santos da Costa."

- Pobre garoto, é uma pena que você não conseguiu expressar o que sentia. Você deve ter se escondido aqui após ser ferido, mas já era tarde demais..., mas acho que você foi muito corajoso de ter tentado... descanse em paz.

PV - POWER VIRUSOnde histórias criam vida. Descubra agora