CAPÍTULO 74: CAÇADOR DE RECOMPENSAS

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Apesar de não estarmos mais na Terra, os poderosos do mundo ainda estavam em busca de seus objetivos. Thauã, CEO da ReVo corporation, planejava atacar a cidade de Tapiramutá com seus agentes. Contudo, nenhum de nós tinha conhecimento desse plano; e com isso, continuamos nossa missão de infiltramento e espionagem do Império. 

Estávamos nessa missão a pedido de Void, que depois de uma troca de favores, conseguiu que Bruno me deixasse ir à missão com ele. Contudo, por ser chefe do comando da fronteira, seria reconhecido se invadisse o território do Império. Então, escolhendo a mim, fui designado a completá-la. 

Entretanto, ao chegar na sala de reuniões para receber as orientações, soube que haveriam mais 3 pessoas que me ajudariam durante o caminho. Stephany, Yoshida, e outra pessoa que não quiseram me revelar quem é. 

E com isso, partimos em direção a fronteira com o objetivo de nos encontrarmos com Thainá, uma agente infiltrada que nos auxiliaria com roupas, moradia, história local, e de como se portar no Império, visto que era completamente diferente do reino de Tapiramutá

Ao chegarmos no Império de Savitar, Giovanna e eu começamos nosso treinamento com Stephany, uma agente especialista em linguagem corporal e infiltramento e espionagem, e com a Thainá, que morava em uma cidade no meio do deserto do Império. 

No início, tive muita dificuldade em aprender a como me portar diante de situações de risco sem usar os meus poderes; afinal, todas as situações de risco envolviam vida ou morte. Contudo, dessa vez, deveríamos aprender a como nos livrar de enrascadas sem revelar o nosso disfarce.

Com isso, Giovanna e eu tivemos que nos adaptar ao estilo de vida da região; Stephany nos propôs que virássemos vendedores pela cidade, de modo que ganharíamos experiência ao falar com as pessoas e negociar com elas. No início foi tudo realmente difícil, a cultura local diferia muito do que estávamos acostumados; as pessoas tinham a personalidade muito mais forte e espontânea, o que também significava que eram relativamente mais explosivos e com o pavio curto. Certa vez, um cliente veio até a nossa barraca, ao saber o preço de um produto, ele ficou extremamente insatisfeito e quis arrumar confusão. Contudo, como estávamos treinados para evitar qualquer tipo de confusão que chamasse a atenção, consegui negociar um outro produto com ele; o mesmo ficou satisfeito com a oferta e aceitou o bom negócio. Apesar de tudo ser muito complicado no início, conseguimos nos virar... e com o tempo, fomos aprendendo mais sobre as intenções, gestos e vontades das pessoas. E trabalhando muito, apesar de estarmos em uma terra estrangeira, conseguimos nos virar de algum jeito.

Quando não estávamos trabalhando, aprendíamos técnicas de etiqueta com Stephany, onde aprendíamos maneiras de falar, gestos, gírias e modos da região. As pessoas que moravam no Império tinham um característico costume de apertar as mãos de um jeito um tanto diferente: eles cortavam seu dedo polegar sempre que faziam um acordo com quem confiavam, pois isso significava um pacto de sangue... admito que apesar de um pouco nojento, esse costume é bastante nobre.

Aprendemos também sobre a caça de recompensas proposta pela guilda da região. Existem vários tipos de trabalhos para caçadores de recompensas, como missões de entrega, missões de resgate, missões de coleta de materiais, missões de assassinato, e missões de caça aos monstros. Como o Império é um território que valoriza a força e a habilidade acima de tudo, os caçadores são divididos por ranking, que vai do F até o SS.

 Caçadores de recompensas que caçam monstros fortes são realmente bastante valorizados, sendo considerados até mesmo heróis de suas cidades. Apesar de não terem poderes, eles usam armas que possuem habilidades especiais. Que, ao se ativarem, concedem um poder especial a quem a empunhar; tal como disse Bruno uma vez, ao revelar que as pessoas do Império usam o sangue e os corpos dos habitantes de Tapiramutá na forja de armas especiais. Ainda mais, existia uma guilda que recompensava os aventureiros por matarem as grandes feras do deserto com dinheiro e prestígio na cidade. Thainá me disse que esse tipo de trabalho acontece por toda parte. 

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