CAPÍTULO 72: A CIDADE NO DESERTO

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Pouco tempo depois atravessarmos o Canyon que ficava na divisa entre o Reino de Tapiramutá e o Império Savitar, Giovanna e eu nos encontramos com Thainá, uma agente do reino que estava infiltrada no Império. Ela foi designada para nos ajudar na estadia, documentos e acomodação com os costumes locais até a chegada de Stephany. Quando nos encontramos, ela estava encostada em um Jipe à beira do deserto durante a noite. Logo em seguida, ela nos ofereceu carona para a cidade mais próxima, que ficava no meio do deserto.

Depois de mais ou menos 1 hora de carro, nos aproximamos de uma cidade pequena do Império. Por fora, o local se assemelhava muito com o oriente médio, pelo jeito das casas e o modo em que a cidade foi construída. Passando pelas ruas, notei que mesmo durante a madrugada, haviam algumas pessoas trabalhando na rua, elas usavam correntes no pescoço, além de roupas usadas e velhas. Curiosa, Giovanna perguntou:

- (Giovanna) Thainá, por que aquelas pessoas estão com correntes presas ao pescoço? Elas são prisioneiras aqui?

- (Thainá) De certo modo, sim. Aqui no Império, a escravidão ainda é muito comum entre os cidadãos, por servirem de mão de obra barata e eficaz. 

- (Giovanna) Que Horror! Isso não é certo com essas pessoas!

- (Thainá) Você tem razão, mas a cultura por aqui se desenvolveu desse modo, não há nada que possamos fazer a respeito disso. Se não quiserem levantar suspeitas, sugiro que se acostumem com a ideia de que esse lugar funciona dessa maneira.

- (Giovanna) Sim... é claro...

- (Marcos) Como essas pessoas se tornaram escravos?

 - (Thainá) A maioria dos escravos do Império já nascem como escravos, outros são trazidos como prisioneiros de guerra e vendidos para trabalharem, ou lutarem em festivais e torneios. Também há o caso de você ser preso por crimes, e sua punição por vezes é se tornar um escravo para o resto da vida.

- (Marcos) Parece ser realmente um destino terrível para se ter no país...

- (Thainá) Realmente, mas você ainda pode ter sua liberdade de volta...

- (Marcos) Como assim?

- (Thainá) Apesar de ser um Império escravista, Savitar valoriza a força como status social. Então, se você for forte o suficiente, pode comprar sua liberdade ao realizar trabalhos de caça, batalhando no coliseu, ou entrando no exército.

- (Marcos) Entendo, valorizam a força como o principal...

- (Thainá) Não é só a força física, inteligência também é bastante valorizada por aqui.  Por esse motivo, as maiores academias de ciências do continente ficam aqui no Império; Milhares de alunos de todas as partes do continente vem até aqui para estudar. 

- (Marcos) Espera, então pessoas de outros países conseguem entrar no Império livremente?

- (Thainá) Sim, só o povo de Tapiramutá que é tão discriminado desse jeito.

- (Marcos) Entendi, deve ser horrível ser um país tão pressionado...

- (Thainá) Sim.... opa, parece que chegamos...

Depois de uma boa conversa no caminho pela cidade, chegamos à casa de Thainá. Não era um hotel de luxo, mas parecia bem grande pelo lado de fora. Ela acompanhava o estilo de casas da região. Feita de pedras encontradas no deserto, me lembrava muito as casas construídas no oriente médio; em países como Israel, Síria, Turquia. Mesmo assim, ela vem localizada, e tinha 2 andares. Eu fiquei observando até que Thainá disse:

- (Thainá) Vão ficar aí a noite toda, podem entrar, vamos...

Seguindo às ordens de Thainá, Giovanna e eu entramos. Ao chegar na parte de dentro do imóvel, vimos que era realmente bem espaçoso e aconchegante, ao ponto de ser maior até que a minha antiga casa no Rio de Janeiro. Ela era adornada tecidos, e havia um quadro de Thainá mais jovem, e ao lado tinha uma senhora junto com ela na foto. Logo em seguida, Giovanna disse:

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