CAPÍTULO 34: CONHECENDO A EQUIPE

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CAPÍTULO 34:

No dia seguinte, eu acordei as 7 da manhã. Era o dia da missão, por algum motivo, uma certa paz pairava sobre o ar. Inclinado sobre a janela do apartamento de Jennifer e sentindo o frio vento da manhã, recordei-me de uma lembrança antiga, mas que estava fresca em mente.  Uma lembrança em que eu acordava de manhã e encontrava meu pai na sala, debruçado na janela, com sua velha xícara de café que sempre estava ao seu lado em todas as manhãs. Tal memória me trazia momentos de nostalgia, onde eu tinha a certeza de estar seguindo o caminho certo.

E então, bem baixinho, e com os olhos distantes, eu disse:

- Obrigado, pai, por me criar do jeito certo. Mesmo não estando mais aqui, eu sei que você teve orgulho de mim... também tenho orgulho de ter tido um pai bom que nem o senhor...

Depois disso, lágrimas correram pelo meu rosto... era óbvio, já que era uma lembrança preciosa para mim, e eu não iria perdê-la.

Assim, depois de terminar o meu café pela manhã, eu fui até a cozinha e me deparei com ninguém menos que Jennifer, que estava comendo um pão com manteiga (um clássico) e lendo o relatório da missão mais uma vez, já que ela era realmente muito meticulosa com seu trabalho. Isso já acontecia desde a época em que trabalhávamos juntos, onde ela sempre brigava comigo por confundir preços e locais de produtos.

Então, eu cheguei perto a ela e me sentei a mesa, e perguntei:

- Checando novamente esse relatório?

- Sim, quero ver se está tudo em ordem.

- Bom... se encher muito a cabeça de manhã, pode ser que ela não funcione direito pelo resto do dia...

- Mas eu preciso terminar de decorar isto, pelo bem da missão.... aposto que você já esqueceu o principal motivo de irmos para lá

- É... É claro que eu sei o motivo.... o principal era resgatar sobreviventes... não é?

- Não... nossa principal missão é fazer o reconhecimento do local, e se possível, trazer os sobreviventes com vida...

- Entendi... então é por isso que você está tão preocupada?

- Sim, eu quero maximizar a nossa eficiência para conseguirmos resgatar o máximo de pessoas possível. E para isso, preciso decorar o protocolo da missão perfeitamente, para que não ocorra nenhum erro.

- Você consegue ser tão gentil em momentos sérios..... chega a ser engraçado...

- S...s... seu idiota! Está zombando de mim?

- Não, só disse que é uma qualidade realmente muito fofa.... 

Após essas palavras... O rosto de Jennifer ficou vermelho, e ela não disse mais nada...  um silêncio ocupou a sala durante 20 minutos, e não nos falamos até a hora de chegarmos na base do centro da cidade.

Chegando lá, um soldado nos guiou até a sala onde a Tenente Áster nos esperava. Ela estava diante de um painel, que mostrava o mapa da cidade-base de Belém, no Estado do Pará. E ao lado dela estava um homem com roupas do exército, que aparentava ter uns 50 anos e parecia ter uma patente muito alta. Eles conversavam sobre a missão, dizendo:

- Senhor, se tudo ocorrer bem, a base de Belém poderá ser fechada e esterilizada novamente...

- Ótimo, quanto mais rápido resolvermos esse problema, melhor... já que a cada dia que passa, existem menos chances de existirem sobreviventes no local.

- Tem razão senhor...

Ao me aproximar, a Tenente se virou e disse:

- (Tenente Áster) Aqui Coronel, este é o jovem de quem nós falávamos.

PV - POWER VIRUSOnde histórias criam vida. Descubra agora