CAPÍTULO 43: O FABULOSO DR. MARLO

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Após adentrarmos na cidade-base de Belém, no Estado do Pará, Giovanni e eu encontramos um garoto que nos levou até a casa dele, na periferia de Belém. Chegando lá, tivemos diversas revelações sobre o sistema político e militar que estava se formando no país e no mundo. Depois de algum tempo conversando, decidimos seguir nossa viagem.

 Saindo da humilde residência periférica, recebi um sinal, por meio da manopla, de que Jennifer estaria abaixo da Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, com um pedido de socorro que parecia ter sido enviado por ela. Vendo que meu semblante mudara instantaneamente, Giovanni tentava me acamar, dizendo:

— Ei cara! Calma aí cara, foi só um sinal de socorro, ela pode estar bem! Não vá fazer nenhuma loucura... está me ouvindo!? 

— Sinto muito Giovanni, estou saindo na frente... 

Mesmo com as tentativas de Giovanni de me acalmar, que não foi suficiente, no mesmo instante parti em direção a Basílica. Minha mente estava cheia de pensamentos confusos, eu não conseguia raciocinar direito por pensar na possibilidade dela estar ferida, ou até mesmo morta. Então, em um piscar de olhos, eu saí daquele lugar e fui correndo para o local, mesmo que imprudentemente.  

Enquanto estava correndo, logo Giovanni me alcançou, ele insistia em me acalmar, dizendo: 

— Cara, se acalma! Sair impulsivamente desse jeito não ajuda em nada, nós podemos analisar essa mensagem com calma, não podemos fazer isso se você se descontrolar tem que se acalmar! 

— Não posso deixar mais ninguém morrer... eu não posso... 

Minha mente estava tão abalada que eu não conseguia reagir às tentativas de Giovanni de me trazer de volta a realidade. Naquele momento eu não podia imaginar, mas graças ao descontrole emocional, toda a energia estava transbordando do meu corpo, fazendo dispositivos elétricos ligarem por onde eu passava. A iris dos meus olhos discretamente brilhavam em azul, como se algo de estranho estivesse prestes a acontecer.  

Ao chegar próximo da rua da Basílica, havia uma horda de infectados, como se estivessem esperando a nossa chegada. Então, sem pensar muito, saquei a espada e saí cortando tudo a minha frente, sem prestar atenção em nada... como se nada do que estava na minha frente importava, nem mesmo a minha vida. Eu só queria chegar lá o mais rápido possível. 

Após cuidar da horda de infectados que bloqueou a rua, chegamos até a Igreja, que tinha o pátio completamente vazio. Um silêncio tomava conta do lugar, meu coração estava disparado, como se fosse saltar para fora. Nesse momento, embainhei a espada e me encaminhei até os portões da Basílica. Foi então que, ao abri-los, me deparei com um salão vazio...  

— Mas, não tem nada aqui... o que será que está acontecendo? Quem é que está fazendo isso?! 

Enquanto Giovanni questionava a nossa situação, eu pude respirar um pouco para analisar melhor a situação, e disse: 

— É melhor nos separarmos e procuremos pelos arredores... 

— Cara, às vezes a sua seriedade me assusta... 

— O que disse? 

— N... não, não foi nada...  

Assim, continuamos a nossa procura na Basílica. Era um lugar monumental, com diversas colunas e corredores, mas eu estava determinado a encontrar a Jennifer. Foi quando Giovanni encontrou uma coisa inusitada: 

— Ei mano, vem ver uma coisa aqui... 

— O que foi? Estou tentando encontrar alguma entrada por aqui. 

PV - POWER VIRUSOnde histórias criam vida. Descubra agora