CAPÍTULO 38: ILUSÃO AMAZÔNICA

26 1 0
                                    

CAPÍTULO 38: ILUSÃO AMAZÔNICA

Após dormirem no hotel durante a noite, Giovanni e eu saímos na manhã do dia seguinte para Belém, no objetivo de cumprir nossa missão. Apesar de ainda termos algumas desavenças, ele e eu temos algumas coisas em comum. Porém, há atitudes e traços da sua personalidade que me irritam, como o incômodo fato de que ele tende a tomar atitudes precipitadas. A exemplo; teve uma vez que ele quase nos matou em dentro um poço de água, apenas porque ele achou devermos descer 20 metros em uma caverna para buscar água. Mesmo que andar com ele seja bastante complicado, admito que ele é uma boa pessoa.

Passamos por diversos lugares, com uma paisagem exuberante, digna da área amazônica. Encontrei uma flor linda no caminho para a cidade, ela era azul e roxa, e tinha um cheiro ótimo. Contudo, Giovanni, que era um careta, disse:

- Tem certeza que vai levar essa flor aí? Não acha que é coisa de bichinha?

- Não, ela é linda e tem um cheiro ótimo, além do mais, isso não tem nada a ver...

- Você é quem sabe, eu não vou carregar flor nenhuma comigo...

- Tudo bem, mas depois não reclame de não ter trago nenhuma lembrança da amazônia.

- Não se preocupe, eu arrumo alguma coisa diferente.

 Conseguimos bastante informação sobre o lugar, como alguns infectados diferentes no local. O clima e a região parecem afetar na forma em que o vírus age nas pessoas. Os infectados daqui tinham uma cor mais esverdeada, olhos negros, e eram mais atléticos, comparado aos da Bahia e do Rio de Janeiro.

Depois de algum tempo, nós paramos para descansar em uma selva, ao sul de Belém. Já era de noite, quando eu decidi subir na árvore para conseguir confirmar nossa localização; e enquanto subia, pequenos raios fracos de luz vinham de encontro aos meus olhos. Curioso, decidi escalar até o topo para saber a origem da luz... foi quando percebi estar diante da cidade-base de Belém, de noite, e com suas luzes ligadas... 

Assim, imediatamente desci da árvore e procurei falar com o Giovanni, e disse:

- Cara, chegamos! Chegamos a Belém!

- O... oquê? mas já? Deveríamos estar a pelo menos 5km de distância... eu não tinha visto nada no caminho. Tem certeza que não caiu da árvore e bateu com a cabeça?

- Eu tô falando sério... eu subi na árvore e percebi uma luz no meu rosto, então fui verificar... e quando eu cheguei lá... lá estava a cidade, e com as luzes acesas...

- Onde foi que você viu isso? Já que nos registros, a cidade-base de Belém estava com a maior parte de sua rede elétrica desligada, e só havia energia na periferia.

- Eu tô te falando Giovanni. Em cima da árvore, quando eu subi para saber se o céu já estava limpo daquele temporal. Eu vi um raio de luz, bem forte, que parecia de um refletor. E quando eu subi, ela estava bem ali na minha frente, e com todas as luzes funcionando.

- Tudo bem... preciso ver isso eu mesmo...

Após ouvir meu relato, Giovanni custou a acreditar, e preferiu ver com seus próprios olhos. Então, sem demora, ele me pediu para lo leva até a árvore que eu havia visto a cidade. E chegando lá, ele rapidamente subiu até o topo. Alguns segundos depois, ele desceu... seu semblante era de alguém bastante irritado... e não demorou muito até ele dizer o motivo de sua raiva:

- Cara, sabia que mentira é um caô muito feio?

- Como assim?

- Tu me fez subir essa árvore toda pra nada, não tinha nada lá em cima.

PV - POWER VIRUSOnde histórias criam vida. Descubra agora