PV - POWER VIRUS

CAPÍTULO 52: SINCERIDADE E CALAMIDADE

CAPÍTULO 52: SINCERIDADE E CALAMIDADE

Logo após a minha recuperação da batalha contra o Dr. Marlo, a equipe se reuniu no 4º andar de um hotel no centro da cidade-base de Belém. Minha recuperação foi bem rápida graças aos meus poderes de eletricidade, que me ajudaram a me curar rapidamente. Contudo, Giovanni, que também havia se ferido naquela batalha, estava demorando bem mais para se curar de seu ferimento, pois seu estado também era grave. Apesar de tudo, Giovanni apareceu apenas com uma perna machucada quando eu o encontrei.

Também não posso esquecer da minha noite com a Jennifer. Apesar de agora ser membro de um esquadrão do governo, ela continua sendo uma garota... mas ainda sim, eu achava que ela não havia mais esse tipo de sentimento por mim. Desde o nosso encontro em Goiânia, alguma coisa estava acontecendo entre a gente.

Após a reunião durante o café da manhã, nos reunimos, e dividimos os grupos que iriam para a finalização: Cleberson, Davi e Elizabeth cuidariam do resgate dos habitantes da cidade. Enquanto eu e Jennifer descobriríamos a causa da destruição da cidade. Giovanni tomaria conta do Dr. Marlo, já que ele não estava em condições de ir à uma missão de campo, embora ele tenha relutado em aceitar.

Cerca de 20 minutos após nos separarmos, Jennifer e eu decidimos investigar o muro que tinha sido parcialmente destruído na cidade-base de Belém, que ficava no lado sul da cidade.

Chegando lá, observamos o estrago que se fizera no muro: ele havia sido praticamente arrombado completamente... era um buraco gigante, ainda mais quando vc imagina isso para um muro de 20 metros de altura, com 5 metros de espessura, feito inteiramente de metal e concreto maciço.

Logo após termos dimensionado o estrago, que tinha cerca de 24 metros de largura, e tinha a forma de um círculo, Jennifer disse:

— (Jennifer) Marcos, me ajude a fechar esse muro, temos que impedir a entrada de novos infectados na cidade, assim podemos limpá-la mais rapidamente.

— (Marcos) Claro.

Enquanto Jennifer usava seus poderes para mover carros, árvores e pedaços de metal para tampar o buraco, eu me encarregava de carregar pedaços de pedra para não deixar brechas. Era realmente um trabalho manual... apesar de tudo, eu não conseguia deixar de pensar no que tinha acontecido na noite anterior. No entanto, Jennifer parecia focada, como se a noite anterior nunca tivesse acontecido. Eu realmente não sabia o que se passava na cabeça dela. Contudo, na minha infinita curiosidade, decidi falar com ela sobre o assunto:

— (Marcos) Jennifer...

— (Jennifer) OI... pode falar...

— (Marcos) Bom... sabe... sobre...

— (Jennifer) Sobre o que?

— (Marcos) Sobre ontem a noite... eu queria falar sobre...

Nossa conversa estava sendo objetiva, pelo menos da parte da Jennifer, pois eu estava morrendo de vergonha de falar sobre o assunto. Ainda sim continuamos nossa conversa enquanto preenchíamos o buraco do muro. 0

— (Jennifer) Sim, o que tem ontem a noite?

— (Marcos) Tudo o que você disse ontem a noite... era verdade mesmo?

— (Jennifer) Sim, eu não menti em nenhuma palavra que eu disse, era tudo verdade.

— (Marcos) Bom... até naquela vez que... sabe... que você disse que me... amava?

— (Jennifer) Sim, você não ouviu errado, eu realmente te amo... ei me ajuda nessa parte aqui.

— (Marcos) Ah sim... claro... eu achei que você já tinha esquecido o que tinha acontecido entre nós dois.