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CAPÍTULO 61: O MILITAR DEDUTIVO

CAPÍTULO 61: O MILITAR DEDUTIVO

Após concordar em ajudar a energizar o portal que interligava os dois mundos, iniciei o nosso treinamento no dia seguinte. Marquinhos me apresentou o cara que ia me treinar, o nome dele era José Victor. 

No início do treinamento, apesar da minha velocidade, eu não conseguia acertá-lo de jeito nenhum. Isso se devia graças ao fato de que José Victor tinha a habilidade de criar portais para se defender de qualquer ataque que vinha até ele.

Depois de 3 horas treinando na área de treinamento ao lado do palácio, eu estava cansado e ainda não tinha conseguido acertar nenhum golpe nele. Estando cansado, eu estava caído no chão... José Victor se aproximou de mim, e disse:

- (José Victor) Eaí? Já cansou? Se quiser, a gente pode parar por aqui...

- (Marcos) Está de brincadeira... eu ainda... nem comecei...

- (José Victor) Não é querendo desmerecer você, mas... você não conseguiu me acertar nenhuma vez...

- (Marcos) Isso não quer dizer que eu vou parar por aqui... 

Me levantei lentamente, apoiei-me sobre o meu joelho, e então... parti pra cima dele, dizendo:

- (Marcos) Eu não vou desistir tão fácil assim!

Indo à toda velocidade, eu parti em direção para dar um soco de direita no rosto dele. Quando eu cheguei perto para aplicar o soco, ele abriu um portal bem na minha frente. Contudo, desta vez eu já sabia o que iria acontecer... 

- (Marcos) Eu sabia... mas eu já tomei medidas pra te vencer!

- (José Victor) Sério?

Antes que meu soco entrasse pelo portal dele, coloquei força na perna direita para me movimentar rapidamente para a esquerda. O movimento foi tão rápido que a minha imagem na frente de José Victor desapareceu. Então, eu instantaneamente apareci na esquerda de dele usando um gancho de esquerda para acertá-lo. Contudo, quando meu gancho estava prestes a encaixar nele:

- (José Victor) Foi um bom movimento... mas você ainda não entendeu...

Na hora de acertar o golpe, um portal se abriu, onde meu golpe entrou. Ao mesmo tempo, outro portal abriu do lado do meu rosto... meu soco me acertou precisamente na minha cara. Eu caí no chão no mesmo instante, mas um pouco longe de onde José Victor estava.

Ao se aproximar de mim, José Victor se abaixou perto de mim, e disse:

- (José Victor) Hoje foi um bom começo para um primeiro dia... geralmente, os novatos desistem depois de uma hora. 

- (Marcos) Isso foi um elogio? Era pra eu ficar feliz com isso?

- (José Victor) Fica assim não cara... acho que já entendi o seu problema. Me encontre a manhã no mesmo horário. Mas antes disso, vai tomar um banho.

- (Marcos) Ai... ai... tudo bem

Eu estava quebrado e todo dolorido; mas a maior dor era a interior, já que eu fui derrotado facilmente de novo. O mais frustrante era saber que ele me derrotou sem mover um dedo se quer, todos os golpes que dei só foram redirecionados por ele de volta para mim. 

Enquanto eu pensava na minha derrota humilhante, eu andava até a casa de banho. No caminho, encontrei a Giovanna, que estava acompanhando Lívia pelo corredor do palácio. Ao me encontrar em péssimo estado, ela disse:

- (Giovanna) Marcos?! O que aconteceu? Quem te bateu desse jeito??

- (Marcos) Eu mesmo me bati...

- (Giovanna) Como assim??