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Negão
...
- Vem cá. - Chamei. Ela veio até mim sem me olhar nos olhos. Ela tava evitando olhar pra mim e eu não tava entendendo nada.
- Senta aqui. - Pedi batendo em minha coxa. Ela sentou e então pude ter ela em meus braços, mais uma vez.
- Olha pra mim, Anna. Qual foi magrela? - Perguntei puxando seu queixo, fazendo com que ela olhasse pra mim.
- Se divertiu ontem a noite? - Perguntou seria, era a primeira vez que ela falava desde que ela chegou aqui.
- Nos divertimos. Lembra? - Perguntei.
- Por que saiu sem falar comigo? - Perguntou.
- Eu saio muito cedo, não queria lhe acordar. Passei a manhã te ligando e tu nunca atendeu. - Falei e ela parecia que tava pensando.
- Eu não sei cadê meu celular. - Falou.
- Tá no meu quarto, eu levei ontem antes de tu sair correndo pro teu quarto. - Falei.
- Mas tu não se importa muito com teu celular. Nem whatsapp tu tem. Eu te dei e tu parece não se importar. - Falei.
- Eu não sei mexer. - Falou.
- A Rosa te ensina, ela é veia mas sabe de algumas coisas. - Falei.
- Não chama ela de velha, ela é minha amiga. - Falou batendo no meu braço.
- Tá criando força, heim magrela? - Falei alisando o braço.
- E a gente? - Perguntei.
- O que tem a gente? - Perguntou olhando no meus olhos.
- A gente é o que? - Mandei logo o papo.
- Eu não sei. Tá muito cedo pra saber disso. - Falou olhando pro chão.
- Tá com medo de mim, magrela? - Perguntei puxando seu queixo.
- Responde...- Falei me aproximando. Quando nós ia se beijar...
- EU NÃO QUERO NENHUM NETO, NEGÃO. BORA ANNA, SAI DAÍ LOGO. - Gritou a tia Rosa batendo na porta e Anna riu.
- Se acalma, mulher. - Gritou DG.
- Se mete na tua vida, tua mãe sou eu. - Gritou a Rosa.
- Melhor eu ir né - Falou a Anna tentando levantar.
- Espera. - Segurei o braço dela.
- O que? - Perguntou.
- Tá esquecendo de nada não?
- Tem razão. - Ela falou e eu esperei o beijo.
- Mas vou deixar em casa mesmo. Não vou voltar. - Falou.
- Do que tu tá falando? - Perguntei sem entender.
- Do meu celular que ficou em casa. - Falou.
- Anna, eu tô falando do meu beijo. - Passei a mão no rosto perdendo a paciência.
- BORA ANNA, EU SOU MUITO NOVA PRA SER AVÓ. - Gritou a tia Rosa.
- Mãe, deixa eles se acertarem. - Pediu o DG.
Ignorei a discussão e beijei ela. Ajeitei ela no meu colo fazendo com que ela cruzasse as pernas no meu corpo. Desci minhas mãos pelo seu corpo até chegar em sua bunda fazendo com que ela rebolasse em mim, o clima tava esquentando ela parou.
- Tenho que ir. - Falou desgrudando sua boca da minha.
- Anna...- Ia começar a falar e ela me interrompeu.
- Preciso ir com a Rosa. - Falou.
- Cuidado. Toma...- Falei entregando umas notas de 100 a ela.
- Não quero seu dinheiro. - Recusou.
- É? E você acha que vai comprar roupa com o que? - Perguntei cruzando os braços.
- Eu ainda arrumo um emprego. - Falou baixo saindo de cima de mim.
- Mas não arranjou, então tu vai ter que aceitar. - Falei.
- Tá. - Disse seca.
- Qual foi Anna? - Perguntei sério.
- Nada, tô indo. - Disse saindo.
- Venha cá. - Puxei ela até mim.
- Cuidado com essas roupas que tu vai comprar. Tá na hora de tu voltar com aquele estilo de uma semana atrás né. Roupa arrastando no chão, cabelo preso. - Falei.
- Tá certo, tô indo. - Sorriu e me deu um selinho.
Tenho que admitir, ela tá cada dia mais linda. Tá usando umas roupas que mostra mais o corpo, agora tem mais curvas pra mostrar, não que antes não tivesse, longe disso. Ela sempre foi perfeita, nunca imaginei que pudesse melhorar mais. Sei que tem dedo da tia Rosa aí.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora