31

1.9K 84 3
                                    

Anna
- Anna? - Me chamou. Estou com a cabeça em seu ombro, olhando a vista do morro, pela varanda.
- Sim. - respondi olhando pra ele.
- Não fica me chamando pelo meu nome, deixa pra chama quando estiver só nos. Beleza? - Falou e eu concordei.
Ele se levantou e entrou no quarto, continuei admirando a visita. É umas 15:00, o sol ainda está bem forte.
- Isso não para de apitar. - Falou me entregando meu celular.
- Deve ser por causa do tal whatsapp que a Rosa instalou. - Comentei colocando o celular na mesinha.
- Agora eu não preciso mais escrever carta. - Falou.
- Carta? - Perguntei curiosa.
- sim, não tinha como falar contigo, o jeito era apelar pra carta. Mas parece que não deu muito jeito, a porra do celular apitando e tu ignorando. - Reclamou pegando o celular.
- Posso ver o que é? - Perguntou com o celular na mão.
- Tanto faz. - Respondi.
- Tanto faz não é resposta. - Falou me fazendo revirar o olho. - Revira o olho pra mim não. - Reclamou.
- Me dá isso. - Tomei o celular.
Entrei no whatsapp e tinha mais de 35 mensagens da Luísa e 10 da Rosa. Espera, como a Luiza conseguiu meu número??????

Conversa no whatsapp on
Luisa 🌺
Luiza: - Aparece, rapariga!!!!!
Luiza: - Bora pro pagode na casa do menor.
Luiza: Para de transar e vem logo.
Conversa no whatsapp off.
Confesso que não me aguentei na última mensagem e comecei a rir descontroladamente.
- Qual foi?- Perguntou o negão me encarando.
- Nada. A Luiza tá me chamando pra ir pro churrasco na casa do menor. - Falei me levantando.
- Chamando a gente. - Me corrigiu.
- Tá. - Fui até meu quarto procurar uma roupa.
- Anna. - Ouvi sua voz na porta.
Continuei de costas procurando uma roupa.
- Nós agora é um casal. - Continuou falando.
- Somos? - Perguntei me virando pra ele.
- Sim! - Respondeu.
- Não teve pedido, não teve nada. - Falei.
- E precisa? - Perguntou se aproximando.
- Sim! - Falei ficando na pontinha do pé tentando igualar nossa altura, o que era impossível.
- Esses teus olhos esverdeados... - Falei olhando em seus olhos.
- Quequi tem? - Peguntou olhando pra minha boca e agarrando minha cintura.
- Me deixa doida. - Falei e por fim ele me beija, mas não dura muito e logo ele para.
- Henrique... - Ia reclamar e fui interrompida.
- Vamos pro churrasco. - Falou se afastando. - Não vista nada que me faça arrancar o olho o alguém. - Falou saindo do quarto.
Peguei um shortinho cintura alta lavagem clara, um cropped de renda preto que mais parecia um sutiã do que um cropped. Eu já tô bem gordinha e descobri que tenho uma genética relativamente boa.
Entrei no banheiro, tomei um banho daqueles e me arrumei. O cabelo já estava escovado, então não mexi. Peguei uma bolsinha preta, coloquei uma argola e calcei uma rasteirinha brilhante. Me olhei no espelho e eu tava perfeitaaaaaa.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora