Negão
Tava jogadão no sofá até que ouvi minha tia chegando.
- Qual foi coroa? Demorou heim. - Falei tirando a camisa da cara.
- Como tu sabia que era eu, muleque? - Perguntou.
- Intuição de bandido. - Falei e ela ignorou.
Tava numa larica, corri pra cozinha perturbar a tia.
- Rosinha faz um rango pro teu menino. - Falei imitando voz de criança.
- Te orienta rapaz. - Falou jogando uma maçã em mim.
- Cadê o DG? - perguntei mordendo a maçã.
- Sem pergunta besta, quem é a vítima? - Perguntou.
- Tia, tem alguma macumba nela, eu não consigo bater nela, nem vontade eu tenho. Me arranja o nome daquele véi feiticeiro? - Falei.
- É o que menino? Qual o teu retardo? - Perguntou parando de mexer a panela.
- É sério tia. Nem com as outras eu tô com vontade mais. - Me abri, a tia era minha única família. Posso ser durão, mas consigo soltar tudo quando tô do lado dela.
- Acho que você tá gostando dela, meu filho. - Falou tocando meu rosto.
- Vira essa boca pra lá, feiticeira. - Falei.
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Refém no Alemão - Em Revisão
Novela JuvenilFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...