Anna
Um mês depois...
Tá com um mês que eu tô aqui, eu mal vejo o Henrique. Ele sai de manhã bem cedo quando ainda estou dormindo, e sempre volta de madrugada. Sinto muita falta dele.
Minha barriga já está bem grandinha, e eu já estou nos 3 meses e meio. Os enjoos e tonturas são bem frequentes, eu como tudo o que vejo pela frente e em menos de um minuto eu coloco tudo pra fora.
Hoje de manhã eu fui para a consulta do pré natal, DG foi comigo. Ele é um ótimo amigo, apesar de não ter dado certo com a Luísa. Eu procuro não me envolver nessa história, pois sou amigo de ambos e se eu me envolver, vou acabar chateada com algum.
São 21:00 e eu tô morrendo de fome e de sono, ah, esqueci de dizer, o sono não tem fim.
Tomo um banho demorado e me visto, um baby Doll básico mesmo. Passo hidratante por todo o corpo, principalmente na barriga, passo perfume e penteio os cabelos. Termino de me arrumar e calço minhas Havaianas. Então, descido desce.
Desço as escadas concentrada no celular, observo que o Henrique está na sala e me espanto. Ele ignora minha presença, ou então não me viu, então faço o mesmo.
Vou até a cozinha e preparo um sanduíche, pego o suco de maracujá que eu tinha feito mais cedo e como tudo de uma vez, pra minha sorte, não coloquei tudo pra fora. Peguei a louça e lavei, deixei no escorredor e fui em direção a sala. Ouvi o celular do Henrique tocar, mas ele não estava lá, olhei para o visor e era o DG. Poderia se algo grave, então decido procurar o mesmo.
Sai pela casa em busca dele, observei que tinha um cômodo aberto, bem debaixo da escada.
- Negão? - O chamei.
- Seu celular está tocando- Completei.
Eu sei que ele está no cômodo, então decido entrar, me arrependo assim que o vejo.
Ele estava sentado em uma cadeira, próximo a uma mesa. Isso era um tipo de escritório. Tinha várias bebidas, papéis e drogas encima da mesa. Não demorou muito e ele me olhou, percebi seu semblante de cansaço, de bêbado e de drogado, seus olhos vermelhos e sua fala embolada entregaram tudo.
- Quem está me ligando? - Falou olhando para mim.
- DG. - Falei com medo.
Ele estende a mão para pregar o celular, eu entrego o celular em suas mãos e o observo atender o telefone.
- Não, eu num vô. - Falou.
- Ela tá comigo, DG. - Falou e eu reparei aue estavam falando de mim.
- Tá, beleza. - Falou desligando o telefone.
- Ele tá preocupado contigo. - Falou se virando para mim.
- Entendi, vou subir. - Falei me virando.
- Tô Morrendo de saudade, minha loirinha. - Falou embolado, bem próximo de mim, tão próximo que eu consigo sentir sua respiração em minha nuca, isso me dá um certo arrepio.
- Negão...- Falei quase implorando pra ele parar de tocar em mim. Suas mãos deslizam até minha barriga, sinto um leve desconforto na barriga. Uma sensação de felicidade toma conta de mim, acompanhada por uma crise de risos. Minha barriga está tomada por ondulações. Meu bebê está mexendo!
- Não acredito! - Falei alto completamente em êxtase, a emoção do momento toma conta de mim e eu me viro imediatamente para o Henrique.
- Nosso bebê está mexendo! - Falei sorrindo e pude perceber que o mesmo também sorria.
- Não acredito- Disse bobo e um pouco embolado.
- Ele está mexendo para você! - Falei chorando.
Acho que a emoção tomou conta de mim por completo, não contive os hormônios e o beijei!
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Refém no Alemão - Em Revisão
Dla nastolatkówFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...