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Anna
Não acredito no que acaba de acontecer. Eu perdi a virgindade com um traficante???? Meu pai do céu.
- Isso foi bom. - Falou tentando recuperar o fôlego.
Eu não sei nem o nome dele, só sei esse apelido. Meu Deus, eu não conheço ele. Me levanto rápido indo em direção ao banheiro.
- Anna. - Me chamou e eu o ignorei.
- Anna. - Ele entra no banheiro e eu continuo o ignorando.
- O que foi? - Ele fala entrando no box.
- Fala comigo. - Ele pede. Eu ligo o chuveiro e continuo o ignorando.
- É a última vez que eu vou perguntar. O que foi? - Falou em um tom sério. Eu o ignoro ele sai do box.
- Espera! - Pedi, que merda que eu fiz?
- Negão?  Vem cá. - O puxei.
- Eu não sou otário cara. Tu se arrependeu. - falou em um tom que demostrava que ele estava chateado.
- Desculpa. - Pedi.
- Você se arrependeu, não fez questão nem de dizer o contrário. - Ele falou vestindo uma cueca.
- eu não me arrependi. Apenas é difícil entender. - Falei.
- Entender o que? Que desde do dia que eu te vi pela primeira vez eu não paro de pensar em ti? - Falou gritando, pegou uma bermuda no armário e foi em direção a porta do quarto.
- Não faz assim... é difícil pra mim entender o que ta acontecendo entre a gente. Ninguém me tratou como você. - Falei chorando.
- O que ta acontecendo entre a gente é amor. Pelo menos da minha parte. - Falou gritando.
- Negão... - o abracei. - Fica comigo, não sai. - Pedi baixinho agarrada com ele.
- ta bom, eu fico. - Falou.
- desculpa. - Pedi.
- Ta certo. - Falou.
- Vem tomar banho, tira essa cueca. - Pedi e ele sorriu.
- Vamo. - Fomos até o banheiro e tomamos um banho. Trocamos umas carícias, mas sem segundas intenções, estávamos pensativos e calados. Terminamos o banho e fomos pro quarto. Já estava claro, já era 06:30 da manhã.
- Toma. - Me entregou uma blusa e uma cueca, eu vesti e me debatia por conta do frio que i ar causava.
- Ta com frio? - Perguntou rindo.
- Tô. - Falei com raiva.
- Deita aqui, amor. - Falou.
- Repete... - Pedi sorrindo.
- Deita aqui? - Falou.
- Não negão, você sabe o que eu quero que você repita. - Falei sorrindo.
- Deita logo magrela. - Ele falou e eu fechei o rosto.
Deitei na cama o mais afastada possível e de costas pra ele.
- Deixa de marra. - Falou me puxando pra si.
- se arrependeu de ter falado, né? - perguntei.
- Deixa de besteira, amor. Vamo dormir. - Falou me agarrando.
- Negão...- o chamei sorrindo, me virei pra ele.
- Gostei disso. - Falei mordendo o lábio inferior na tentativa de conter um sorriso.
- Por que se arrependeu? - Perguntou enquanto eu deitava a cabeça no ombro dele.
- Eu não me arrependi. Só bateu uma insegurança, eu não sei nada sobre você. - Falei e ele suspirou.
- Eu tenho 23 anos, assumi o morro com 17 anos, eu era um menino ainda. Passava o dia soltando pipa, irritando meu pai. Mas ele morreu em uma invasão, tive que assumir o morro do dia pra noite. Minha mãe morreu quando eu tinha 2 anos, o Russo sequestrou ela. A Rosa é mãe do DG, ele é meu primo e ela passou de tia, pra mãe. - Falou suspirando.
- e o seu nome? - Perguntei.
- Henrique. - Falou.
- Bem melhor que Kaio... - Falei rindo.
- Bem melhor... - riu também.
- Minhas costa tão ardendo. - Reclamou.
- Minha bunda também...- Reclamei.
- Vai arder ainda mais... - Apertou minha bunda.
- Chefe... - Ouvi uma voz.
- Merda...- Falou o Henrique se afastando.
Ligação no radinho on
- fala vagabundo...
- O noia, esqueceu? - Falou a outra voz no rádio.
Então o negão olhou pra mim.
-Deixa ele aí, amanhã eu colo aí, vou passar o dia hoje com Patroa.- Falou e desligou.
Ligação no radinho off.
Ele se joga encima de mim.
- Planos pra hoje? - Perguntou.
- Eu tô com sono... - Reclamei.
- Vem. - Me agarrou e eu acabei dormindo...

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora