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Anna

Acho que dessa confusão toda, uma das melhores coisas que aconteceu foi minha amizade com a Rosa. Ela é maravilhosa! Mas ela diz que eu preciso de mais amigas, alguém assim, da minha idade.
- O que você tá pensando, menina? - Perguntou minha amiga.
- Por que você acha que eu preciso de outra amiga? - Perguntei.
- Porque eu tenho idade pra ser sua mãe! - Falou me dando um tapinha na testa.
- Aí! - Falei e rimos.
- Acho que, já deu sua hora. - Falou logo após a campainha ser tocada.
- Entra! - Gritou a mesma.
- Menor, meu filho. Que saudades! - Falou abraçando o mesmo.
- Aí, tia. Também tô morrendo de saudade! Sabe como é né, nem o Negão, nem o DG deixa eu colar aqui. É só mandando eu pra missão. Olha como tô magrão... - Falou se fazendo de coitado e ela riu.
- Anna, esse é o menor. Ele é um menino ótimo, só não presta! - Falou dando um tapa na nuca dele.
- Aí, tia. - Gritou o mesmo. Eu só observava tudo rindo.
- O chefe mandou o papo, primeira dama. Ele te quer em casa agora.
- Teu chefe é um chato! - Murmurei.
- Gostei de ti, doidinha. Mas a gente realmente tem que ir. - Falou abraçando a Rosa.
- Tudo bem. Até a próxima, rosinha. Obrigado por tudo! Amo você. - Falei me despedindo e indo em direção a porta.
- Até mais meu amor. - Beijou a minha testa.
- E você, venha jantar comigo. - Falou para o menor.
- Precisava nem convidar, gostosa! - Falou o menor e levou outro tapa na cabeça.
Rimos muito e começamos a andar. Era um pouco longe e estávamos apé.
Era 17:35 e o sol estava bem frio já, o clima estava bom e as crianças brincavam na rua e tinha alguns idosos na rua. Prestava atenção no caminho e observava tudo, tentava me distrair pois não tinham nenhuma intimidade com o menor.
- Achei que o satanás já tinha voltado pro inferno. - Falou o menor e então eu paro pra olhar com quem ele estava falando. Era ela, Valéria. Mesma que me humilhou no baile, já fazia um tempinho que não via a mesma.
- Pelo visto o a vaga do satanás tá vazia né, tô vendo um demônio na minha frente. - Rebateu Valéria.
- Até os demônio entende que lugar de capeta é no inferno. Tão sentindo essa catinga de enxofre? Já tinha ouvido que o satanás fedia, mas nunca imaginei que era catinga de enxofre com galinha. - Falou o menor e eu ri.
- Qualé? A piranga tá se sentindo muito querendo ser primeira dama.- Falou Valéria se referindo a mim. Encolhi os ombros.
- Se achega não, sobra de feira, vai procurar hidratar esses teu cabelo. Tenho ordem pra fazer churrasco de ti. - Gritou o menor e ela saiu correndo.
- Qualé, aninha? Tem que peitar. - Falou me puxando pra andar.
- Aí menor, a Rosa diz isso. Mas eu não sei ser assim. - Falei andando.
- Essa vida que você escolheu não tem essa de saber ser assim ou não, você tem que ser assim. - Falou e eu fiquei calada.
- Hoje chegou pra mim que tu tava entrando em u. Barraco aí. Se o negão não tivesse contigo, ele teria acreditado. - Falou e eu fiquei nervosa.
- Mas ele tem que ter confiança em mim. - Falei triste.
- Não é questão de confiança, essa vida não é fácil e só tem entrada, não tem saída. Se tu entrou, tu tem que ficar até o fim. É um jogo, tá ligada? E tu tem que aprender a jogar. - Falou.
- Obrigado, menor! - Falei abraçando ele de lado.
- Tranquilo, fica bem aí. Depois eu colo aqui pra comer um rango. - Falou eu ri, então ele foi embora.

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Simmm, agora sempre que eu tiver algo pra falar, vou falar no final do capítulo.
O menor chegou pra mudar muita coisa na vida da Anna. E a Valeria vai aparecer algumas vezes ao linda história.
Obrigado por tudo, vocês são perfeitos!

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora