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Negão
Hoje já é quarta, fazem quatro dias que não vejo a magrela, de vez em quando eu penso nela. Não sei o que acontece, não sei o que é isso, eu só sei que é assim.
Saio dos meus pensamentos com o DG chegando na sala.
- Fala meu gostoso. - Falou sentando em uma cadeira de frente para mim.
- Quero uma parada aí. Tu topa? - Falei.
- Espera. - Então eu vejo a merda que ele vai fazer, ele tranca a porta e fica de quatro no chão.
- Vem amor, tô pronto. - Falou.
- Se liga otário! - Jogo um copo de plástico nele.
- Tô falando sério! - Falei em um tom sério, então ele se levanta e senta novamente na minha frente.
- Qualé? - Perguntou com uma cara seria.
- Quero que tu observe uma pessoa, até o horário do nascimento eu quero saber e se liga no sigilo. - Falei, ele era fofoqueiro da porra, mas quando o bagulho era sério, ele morria e não contava.
- X9? - perguntou sério.
- Não po, uma magrela aí. - Falei.
- Tá apaixonando? - Perguntou.
- Não, tô deixando rolar a parada, mas quero saber qual a dela, a mina é toda lerda, nunca andou de moto, nunca tinha ido pro alto, nunca saiu do morro. - Falei lembrando.
- A mano, cuidado na parada, é estranho demais. - Falou. - Me passa o endereço, vou começar a vigia agora mesmo. - Falou.
- Mas te liga, é sigilo total. - Reforcei. - Rua 7 casa 15. - Falei.
-Vô me ligar, vamo ver se é isso tudo mesmo. - Falou debochando e saiu.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora