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Negão

Que merda eu fiz.
Amanheceu, efeito da droga saiu, rolei na cama e senti falta dela. O cheiro dela ainda tava aqui.
Eu lembro de toda merda que eu fiz. Eu tava pistola, puto pra cacete. A Valéria me disse tanta coisa que me fez desacreditar do caráter da Anna. Eu desacreditei e me fudi.
- Filho da puta! - entrou a tia gritando. Ela começou a me bater e eu aceitei cada tapa, cada murro, toda a raiva dela.
- Ela quase perdeu a criança! - Gritou enquanto me batia.
Passei um bom tempo apanhando, eu não me esquivava, só recebia.
- Henrique, tu expulsou ela e o teu filho da tua vida. Tem noção do que tu fez? - Peguntou sentada na cama.
- Tia, eu preciso me redimir. Eu preciso dela. - Falei chorando.
- Filho, difícil é ela te querer de volta. - Falou.
Ela saiu de quarto e eu corri pro banheiro. Tomei banho demorado, fiz a barba e coloquei um roupa maneira. Um perfume bom e pá, tava pronto.

*Ligação on*
- DG? Cadê minha mulher? - Perguntei.
- Agora tu quer saber dela? Arrombado. - me xingou.
- Me diz, vai. - Implorei.
- Tá no postinho. Encosta a merda de um dedo nela, que eu arranco até os cabelo do teu cu. - Falou.
*Ligação off*

Beleza, merda grande. Ele desligou na minha cara.
Corri até o postinho, chego lá e do declara com o menô.
- Veio fazer o que aqui? - Perguntou o menô.
- Vim ver minha mulher. - Falei.
- Ela e meu afilhado estão bem. - Falou sério.
- O papo é entre eu e ela. - Falei entrando.
Fui até a recepção e Perguntei onde ela está, logo fui direcionado até lá.
- Amor? - Chamei chegando perto dela.
- O que você quer aqui? - A vi ficando nervosa.
- Vim ver você. - Falei sério.
- Você que me colocou aqui, seu monstro. - Falou chorando.
- Não fica nervosa, pensa no bebê. - Falei.
- Em qual momento você pensou no meu filho? Quando tentava matar ele transferindo socos em minha barriga? - Peguntou chorando. Eu a abracei, mesmo contra sua vontade.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora