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Anna

Dois meses depois
Aconteceu muita coisa nesses últimos meses, minha barriga deu um pulo, mexe bastante, porém ainda não sei o sexo do bebê.
Eu e Henrique estamos bem afastados, tudo isso porque a um mês e meio atrás eu vi uma conversa em seu celular com a Valéria, onde ela dizia que a noite tinha sido ótima, sendo que ele já tinha dormido em casa. Eu preferi não tocar no assunto, estou fazendo o que chamam de "se fazer de doida".
Luisa e DG voltaram e vivem aqui em casa bagunçando meu juízo. Menor está se envolvendo com uma pessoa que eu não sei que é, porém, ele também vive por aqui.
Eu abri uma lojinha virtual de maquiagem e estou vendendo bem. Eu vendi um colar que Henrique tinha me dado e todo o dinheiro foi pra lojinha. Acredito que logo será uma loja física e quando eu tiver o bebê, eu ele iremos embora daqui.
Saio e meus pensamentos com Henrique entrando na cozinha com tudo.
- É hoje tua consulta?- Peguntou ofegante sentando a minha frente no balcão, onde estou merendando.
- Sim. - Falei.
- Vô contigo. - Falou pegando uma bolacha.
- O menor vai comigo. - Falei mastigando.
- O pai so eu, pô. Eu que vô. - Falou.
- Ok. - Falei levantando e colocando a louça na pia.
Subi as escadas em direção ao quarto, peguei minha bolsa e me olhei no espelho.
Minha barriga está linda, grande e bem redondinha, até agora não apareceu nenhuma estria, apesar de eu ter engordado bastante já. Estou dentro de um vestido azul, que tem borboletas do seu meio para a ponta. Meu cabelo está bem grande, passando da bunda já, a tintura loira desceu bastante mas ficou bem bonito com a raiz clara que tenho. Eu sou linda, e se o Henrique preferiu a Valéria, o que posso fazer? Se ele não quis, tem alguém que irá me valorizar.
- Bora? - Perguntou o Henrique e só então pude perceber sua presença ali me olhando contra o espelho.
- Sim. - Falei saindo do quarto. Desci as escadas e percebi ele me seguindo e me olhando. Entro já garagem e espero ele destravar o carro. Observo que ele tranca a casa e entra na garagem me olhando.
Como eu sinto sua falta, mas traição, eu não vou perdoar.
- Você está linda. - Falou entrando no carro junto comigo.
- Obrigado. - Falei olhando para a janela.
Momentos assim, só comigo e com ele, é bem raro. Evito ao máximo está sozinha com ele. Porque eu sei que eu o amo muito e tenho muito medo de ceder a ele.
É, dessa vez eu acho que não tem volta.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora