Negão
Entro na sala do Carlos invadindo.
- Que é isso menino? - Peguntou assustado me fazendo rir.
- Bater na porta, lembra? - Perguntou com as mãos na cintura.
- Ninguém me ver aqui, lembra? - Perguntei.
- Como você está? - Peguntou sentando na cadeira.
- Melhor que ontem. - Menti sentando na cadeira que tinha na frente dele.
- Sem mentiras, eu sou deu médico, preciso saber a verdade. Mentir vai ser pior pra você. - Brigou comigo.
- Tô ligado. - Falei.
Ele saiu da sala e eu segui até o quarto.
- Você sabe o procedimento. - Falou depois que eu deitei na maca.
- Rápido. - Falei.
Ele enfiou uma agulha na minha veia e eu senti os remédio invadir meu corpo, queimando e rasgando tudo.
- Merda. - Murmurei.
- Se você ficasse internado, não doeria tanto. - Falou sentado na poltrona.
- Tu sabe que eu não posso. - Falei de olho fechado tentando controlar a dor.
- Ela já sabe? - Perguntou.
- Não. - Falei.
- Ela precisa saber. - Falou.
- Ela vai embora com a Maria Júlia, acaba o sofrimento delas sem nem ter começado. Deixa ela ficar sem saber, é melhor pras duas. - Falei.
Depois de mais de três horas saio daquele hospital todo roxo e doído.
Dirijo até uma loja de bebê e entro pra comprar um presente pra Maria Júlia.
- Posso ajudar? - Pergunta uma loira.
- Quero comprar uma roupa pra minha filha. - Falei sorrindo olhando pra tudo.
- Qual a idade? - Perguntou.
- Nem nasceu ainda. - Falei.
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Refém no Alemão - Em Revisão
Novela JuvenilFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...