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Anna
- Você deveria ficar comigo hoje. - Falei enquanto passava sabonete.
- Nem vai dá, amor. - Falou escovando os dentes.
- Não sai hoje, amor. Por favor. - Implorei.
- Eu tem ir, minha vida. - Falou lavando a boca.
- Beleza. - Falei desligando o chuveiro e me enrolando na toalha.
- É meu trabalho, pô. - Falou vindo atrás de mim.
- Tá certo. - Falei com a cara fechada procurando uma blusa dele pra vestir.
- Tu nunca teve isso. - Falou sentado na cama, ainda enrolando na toalha.
- Tu vai molhar a cama. - Falei com raiva.
- Então me diz por quê eu não posso ir trabalhar. - Falou cruzando os braços.
- Eu só não quero. - Falei bolada. Algo né diz que não é pra ele sair.
Vesti uma calcinha confortável e uma blusa preta dele.
- Vai dormir? - Perguntou.
- Hunrum. - Murmurei deitando na cama. Observei ele vestir uma cueca, ligar o ar e fechar as cortinas. Ele deitou ao meu lado e o puxou pra si.
- Vai ficar comigo? - Perguntei com a cabeça em seu ombro.
- Até tu dormir. - Me agarrou forte e beijou o topo de minha cabeça. Com uma mão ele mexia no meu cabelo e com a outra, ele acariciava minha barriga.
- Já tem em mente os padrinhos? - Perguntou.
- DG, menor e Luísa.- Falei fechando os olhos.
- Hoje tem missão, evita sair de casa. Mais tarde tem baile.
- Eu sei, eu vou. - Falei de olhos fechados.
- Tu tá grávida. - Falou e eu abri os olhos.
- Você vai? - Perguntei e ele concordou. - Problema teu, eu vou. - Falei com raiva.
- Anna... - O interrompi.
- Onde está o Luís? - Perguntei.
- Isso é complicado. - Falou.
- Conta agora! - Falei me afastando.
- Eu não matei, foi uma de tiro. - Falou e eu deitei para o outro lado. Eu sei de tudo mal que ele me fez, mas era meu único parente vivo.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora