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Anna
Após uma tarde de consolação, estou começando a aceitar esse bebê. Luisa conversou bastante comigo sobre isso, conversou sobre o Henrique e como ele poderia reagir, muitas suposições, porém, nenhuma afirmação.
- Amiga, eu realmente tenho que ir. - Falou me abraçando pela décima vez. Fazia um tempão que estavamos aqui na porta, não queria que ela fosse, não queria está sozinha para poder contar ao Henrique, mas isso é um assunto que só envolve eu e ele.
- Cuida do meu sobrinho, amo você! - Falou me abraçando pela última vez. Me despedi e a observei passar pelo enorme tereno até chegar no portão da frente. Fechei a porta e fui para o subi para o quarto.
Eram 19:30 e eu estava nervosa, entrei no banheiro e tomei banho, lavei o cabelo e fiz depilação, foi um banho daqueles.
Sai do banho e vesti um vestidinho confortável. Terminei de pentear os cabelos e me preparei pra descer. Quando estava perto da escada ouvi vozes.
- Tu sabe que a Anna vai surtar. - Era DG.
- Tô ligado. - Henrique falou sem se importar.
- O que tá acontecendo contigo? Tu era cheio de coisa pra cima da menina e agora tá cheio de frescura. Aprende, outra dessa aí tu não vai encontrar e tu morre por ela que eu sei. Quer bancar de vacilão, tu banca, mas deixa a mina fora disso, tu sabe que só ela que vai sofrer. - Falou DG. E observei que o Henrique ficou calado.
- Cacete! - Gritou o negão.
- Te orienta no teu erro, tu é meu chefe lá fora, aqui dentro tu é meu irmão e enquanto tu tiver no erro, eu vou abrir teu olho. - Gritou o DG e poucos minutos depois ouvi a porta ser batida com força.
Que merda.
Desci as escadas como quem vai em direção a morte.
- Oi...- Falei com receio. Seus olhos estavam vermelhos, estava sem camisa e seu short estava com algumas manchas de sangue. Observei que sua perna estava enrolada em gazes. Ele de feriu.
- Qual foi? - Perguntou.
- Está tudo bem? - Perguntei.
- Sim. - Falou seco olhando pro canto da parede.
- Você se feriu? - Perguntei.
- Foi raspão, da em nada. - Falou, ele esta evitando olhar nos meus olhos.
- A gente pode conversar? - Pedi.
- Manda o papo. - Falou ainda sem olhar pra mim.
- Henrique, eu fiz algo que lhe chateou? - Perguntei.
- Não, por que? - Falou.
- Olha pra mim. - Implorei.
- Anna, tô afim não, oh. - Falou, sem me olhar.
- Fiz alguma coisa de errado no sexo que fizemos hoje pela manhã? - Perguntei. Estava implorando por um minuto de atenção, me humilhando completamente.
- Não. - Disse seco, ainda sem me olhar.
- Eu tô grávida. - Falei sem rodeios.
- Como é? - Gritou.
- Aconteceu... Eu não queria, mas aconteceu. - Falei chorando.
- FILHA DA PUTA. - Gritou mais ainda.
- Henrique, amor, calma. - implorei.
- Calma é o cacete! Tu tá fazendo isso pra tomar meu morro. Eu sei que tu tem esquema armado com o morro rival, a Valéria falou. Vagabunda! - Gritou me dando um tapa no rosto.
Não acredito, eu só sei chorar...
- Tu vai pagar caro por toda essa merda, filha da puta! - Recebi outro tapa.
- Henrique...- Tentei o segurar, até que levei um murro a costela, parei de luar, perdi as esperanças só lembrei das vozes da doutora Aline: "Anna, cuidado, se ocorrer outra fratura sua única saída e a cirurgia e é pouco provável que você sobreviva a um cirurgia...".
Quando estava perdendo as forças, a porta foi aberta e o DG esta lá, como um anjo.
- Sai daqui! - Gritou o negão.
- Sai é o cacete. - Gritou o DG.
Eu em encolhi no canto da parede e pude ver o menor entrar na sala também.
- Menor, cuida dela. Deixa o chefe comigo. - Ordenou DG.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora