Anna
Termino minha mala e sinto a presença de alguém atrás de mim, é ele.
- A princesa acha que vai pra onde? - Perguntou.
- Acho que preciso de um tempo.- Falei me virando para olhar o mesmo. Sua blusa estava em seu ombro, a olhos avermelhados e sua fala embolada, acredito que ele fez uso de droga.
- Como é magrela? - Perguntou se aproximando.
- Henrique...- Falei baixinho, já chorando.
- Meu nome é negão, porra! - Gritou e eu me encolhi.
-Você está presa a mim. - Disse gritando.
- Mas eu não quero ficar. - Falei chorando no canto da parede.
- Você tem que ficar, você é minha refém! -Você só saí viva daqui se for comigo, se você sair sem mim é porque nossos corpos vão está em caixões diferentes. Tu só saí sem mim se for no saco! - Falou rindo enquanto eu chorava mais ainda.
- Henrique, sou eu, a Anna, sua magrela. - Falei olhando nos seus olhos.
- Vai embora, mas tem uma coisa, não volta! Não aparece nunca mais na minha frente. Esquece meu nome, esquece que eu existo. - Falou e eu obedeci, peguei minha mala e fui saindo do quarto.
- Tu me obedeceu, pelo menos uma vez. - Falou baixinho. Desci as escadas e deixei os presentes que ele me deu encima do aparador, celular, cordão, tudo.
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Refém no Alemão - Em Revisão
JugendliteraturFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...