Anna
- Eu realmente não quero incomodar. - Falei quebrando o silêncio que habitava no carro.
- Você vai ficar na minha casa e acabou a história. Vai seguir minhas regras e se desobedecer vai ser devidamente castigada. - Falou firme e eu tremi.
- Eu não entendi. - Falei de cabeça baixa.
- Tô te colocando dentro de casa, tu vai ter que ser minha fiel. - Falou.
- Fi... fi... fiel? - Gaguejei, lembro da Larissa, a ex fiel do dono do morro, ele espancou e queimou em praça pública. MEU DEUS, ELE É O DONO DO MORRO, ELE QUE MATOU A LARISSA.
- Você tá bem? - ele perguntou tocando em meu ombro, por medo eu me esquivei de seu toque.
- Qualé? Tá me tirando? - Falou me empurrando. Eu tremia tanto, estava com tanto medo que quase não percebi que o carro tinha parado e que estávamos de frente a uma casa.
- Onde estamos? - Perguntei.
- Na minha casa. - Falou e desceu do carro.
Sai do carro e fiquei sem entender, como alguém como ele pode morar aqui, parecia ser um terreno abandonado, era cercado por um muro de tijolos, era um local bem grande.
- Entra logo. - Ele gritou.
Retiro o que disse, o terreno abandonado era um palácio, uma verdadeira mansão. Tudo era em tons escuro. Mas era perfeito. Tinha uma piscina, o chão era gramado, tinha churrasqueira, um jardim que precisava ser cuidado pois estava morrendo. Ele foi entrando e pude ver a beleza do local. O mármore escuro combinava com o tom escuro das paredes e das costinas que tinha. Era tudo perfeito.
- Teu quarto é lá encima. - Falou e me tirou de meus pensamentos só assim eu pude perceber que ele tinha tirado a blusa.
Chagas abertas, que calor é esse? Nunca senti nada igual.
- Tá surda? Bora logo. - Falou. Não entendo como ele muda de humor tão rápido.
Fui subindo as escadas logo atrás dele, até que ele parou em uma porta.
- É aqui, você vai dormir aqui. Esse vai ser seu quarto. - Falou.
- É lindo! - falei e não pude conter o sorriso que se formava em me rosto.
- Não posso aceitar, é demais para mim. - Falei.
- Minha tia vai vim ajudar, o que tu sabe fazer de casa? - Perguntou ignorando totalmente o que eu disse.
- Sei fazer tudo. Não precisa se incomodar em chamar ela, você já está fazendo demais por mim. - Falei e ele saiu do quarto me ignorando novamente. Ele é meio estanho.
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Refém no Alemão - Em Revisão
Teen FictionFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...