Anna
Já se passava das 20:00, o DG já tinha ido embora a um tempão. Ainda não vi o Henrique, não sei como será. Não liguei agora o mesmo para avisar que estou aqui.
Me instalei no antigo quarto, espero me manter firme em minha decisão.
- Anna? - Era ele, era o Henrique na porta do quarto.
- O que faz aqui? - Perguntou.
Borboletas invadem meu estômago, minhas mãos estão suando, maldita adrenalina. No mesmo tempo que eu estou morrendo de vontade de me jogar nos braços dele, eu estou com vontade de matar ele.
- Achei que era melhor passar essa etapa da gravidez aqui, até arrumar um lugar para ficar. Posso ficar? - Perguntei tentando parecer firme.
- Vem pro nosso quarto. - Chamou com um sorriso no rosto.
- Não posso. A gente não tá junto. A gente só tá morando na mesma casa. - Falei e observei o mesmo mudar o semblante.
- Tudo bem. Se tu precisar de alguma coisa, tu sabe onde eu tô. - Falou triste saindo do quarto.
Sinceramente, eu não sei dizer o que estou sentindo.
Peguei o celular e fiquei conversando com a Lu e com a Rosa.
Passou um tempo e percebi que estava chovendo. Eram 00:35 e me bateu uma fome gigante.
Desci com cuidado e observei que não estava tudo apagado, e sim tudo ligado e a tv alta.
- Precisando de alguma coisa? - Perguntou o Henrique assim que me viu.
- Não, só tô com fome. - Falei indo em direção a cozinha.
Peguei um pacote de cookies e um pouco de refrigerante. Como sentada na cadeira do balcão.
- Achei que você deveria comer coisas saudáveis. - Falou entrando na cozinha.
- Amanhã eu começo. - Falei e ele começou a preparar um lanche.
Terminei de comer e fui em direção a cozinha e fui atingida em cheio com uma tontura.
- Merda. - Falei quase caindo, porém, o Henrique me segurou firme.
- Cuidado. Machucou? - Peguntou segurando minha cintura.
- Relaxa, tá de boa.- Falei e ele continuou me segurando, estamos bem perto e eu estava me controlando pra não o beijar.
- Posso? - Peguntou apontando para minha barriga.
- Você que sabe. - Falei tentando ser superior, mas não consigo.
Seu toque sobre minha barriga me fez arrepiar.
- Desculpa filho, eu vacilei com você e com sua mãe. Me desculpa, eu sou um merda. Eu vou tentar consertar isso. Eu quero que você cresça ao lado de um pai de verdade. - Falou beijando minha barriga. Tentei segurar o choro, mas foi em vão.
- Eu sei que vai ser difícil tu me desculpa, tu querer voltar pra mim. Eu sei do meu erro, eu assumo meu erro. Mas lembra, eu te amo muito. - Falou beijando minha testa.
Estava prestes a ceder, então ele me soltou e continuou fazendo seu lanche.
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Refém no Alemão - Em Revisão
Teen FictionFoi na guerra que eu conheci o amor. Foi na imperfeição dos detalhes dele, que eu me apaixonei. Lutei pra não ficar, mas lutar contra o amor, é a maior idiotice do ser humano. Não posso dizer que o Henrique foi a melhor coisa que me aconteceu. Mas...