Spoiler

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"Morrer não é meu maior medo, meu maior medo é viver em um mundo que não tenha você..."

Lembro claramente do dia que o Henrique me disse isso. Eu estava com raiva dele e ele tinha iniciado a quimioterapia a poucos dias. Eu descobri como amar o Henrique, depois que quase o perdi. Por pouco não o perdi, por pouco não tive que criar a Maju sem um pai, por puro desleixo meu, por puro capricho, passei muito tempo procurando um problema entre nos, sendo que o problema era somente eu.

Nesse exato momento, estou na sala da minha casa sentada no sofá e observando Maju e Henrique brincarem. Como ela se parece com o pai, como até a risada deles completam um ao outro. 

- Vem, mamãe. - Maju me chama. 

- Vem, amor. - Henrique me chama também. 

- Vou só lá encima. - Falo me levantando. 

- Não amor, fica aqui. - Henrique veio até mim. 

- Só um momento, amor. Não demoro, eu prometo. 

Subo as escadas e vou até nosso quarto. Vou até o closet e pego uma caixinha de mdf. 

Saio do closet e vou em direção as escadas. 

Observo Henrique e Maju brincarem e fica imaginando a reação deles. Nossa vida vai mudar novamente e agora é felicidade em dobro. 

- Qualé, amor? - Henrique me pergunta. Ele esta em pé no meio da sala enquanto nossa filha está brincado no tapete da sala. 

- Tenho um presente pra você. - Falo e ele sorri. 

- É nem meu aniversario, magrela. - Falou ainda sorrindo e vindo em minha direção. 

- Toma. - Entrego a caixinha pra ele. 

- O que é? - Perguntou encarando a caixinha. 

- Abre logo, Henrique. - Falo sem paciencia. 

Ele abre a caixinha e começa a chorar e sorri. 

- Serio, vida? - Perguntou sorrindo.

- Agora somos quatro. - Falo chorando e sorrindo. 

- Filha, você vai ganhar um irmãozinho! - Ele grita abraçando a Maju.

Refém no Alemão - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora