Capítulo 42

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- Emma, quero que conheça August. Gus, Senhorita Emma Swan. - a grande mão do moreno de olhos azuis aperta a de minha amada, enquanto ele abre um sorriso gentil. O mesmo se curva um pouco e levanta os dedos da loira, beijando-os com delicadeza. 

- É um prazer, milady. - posso ver o rosto de Emma corar forte, intercalando o olhar entre o local que esteve em contato com lábios desconhecidos há pouco tempo e as orbes claras, charmosas até demais. Pigarreio e sorrio enviesado, odiando esse maldito encontro. De todas possíveis pessoas que poderiam aparecer na minha casa em um sábado à tarde, Booth é um dos piores cenários, já que, só de ouvir seu nome, todas as memórias do passado me invadem. 

E o que mais me preocupa é a presença de Swan.

- Então... - ela respira fundo e puxa seu braço para voltar a ficar ao lado de seu corpo. - De onde se conhecem mesmo? - pergunta e, antes que eu tivesse a chance de falar alguma coisa, meu velho conhecido a responde. 

- Killian e eu nos conhecemos desde crianças, nossos pais eram amigos e sempre acabávamos nos encontrando. Não é verdade, Jones? Lembra de quando pulamos no lago? - assinto e meus lábios se esticam, mas meus dentes não ficam a mostra. 




Ah, sim, lembro muito bem desse dia. 




-Jesus, éramos tão inconsequentes. Bom, a adolescência faz isso com as pessoas. - August ri de leve e Emma o acompanha, porém não tenho certeza se ela entendeu totalmente o que ele quis dizer. - E vocês? É uma das empregadas da casa? - o moreno direciona à Swan, que desconversa rapidamente.

- Já fui, hoje sou apenas amiga dos Jones. Venho quase todos os dias por conta de Henry, que é apaixonado pelo Liam.

- E vice-versa. - eu complemento, falando pela segunda vez naquele pesadelo.

- Mamãe, vem cá! - a voz do filho da loira ecoa pelas paredes da casa, fazendo-a pedir licença e deixar a sala, indo até os meninos no fundo da casa. Acompanho seu corpo com a cabeça, esquecendo da presença não tão desejada na minha frente. 

- Então... - Booth se aproxima com calma, porém bem preciso, o que me faz franzir o cenho. Seu corpo vem chegando perto e sinto meu coração começar a bater mais rápido. - Onde estávamos? - seus braços apoiam-se na parede atrás de mim e August cola seu tronco no meu, encurralando-me. Abro a boca e gaguejo, não conseguindo desenvolver uma frase. A boca fina do homem esfrega-se na minha, causando arrepios pela minha coluna. 

- A-August... Que merda você está fazendo? - empurro seus ombros e pisco, sentindo as emoções do passado invadirem meu peito. Olho em volta e, graças à Deus, estamos isolados no cômodo.

- Estou matando a saudade. Quero saber se ainda beija tão bem quanto antigamente. - ele  encosta a ponta do seu nariz no meu, dando-me um selinho logo depois. Engasgo e fico sem reação por alguns segundos, mas retomo meu bom senso volto a empurrá-lo. 

- Eu sou casado. O que tivemos ficou no passado, Gus. - as bolas azuis do mais velho se reviram em satisfação. 

- Deus, sempre adorei quando me chamava assim, soa tão bonito na sua voz. - August morde o lábio inferior, olhando-me com fome. - E eu duvido que você ame Milah, posso ver nos seus olhos que não há verdade quando diz o nome dela. - respiro fundo e engulo seco. 

Destino InfelizOnde histórias criam vida. Descubra agora