Capítulo 12

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- E se não for um menino? - digo, olhando para cima e encontrando os cabelos negros e os olhos azuis de Milah. Mais tarde, depois de ler com Emma, meu queixo está apoiado na barriga ainda não proeminente de minha esposa, rezando internamente para que o bebê fosse uma garotinha. Não que eu tenha problemas em ter um filho, adoraria uma miniatura minha, mas sinto que me animaria mais cuidar em uma pequenina.

- Mas é o nosso garoto, Killian. Nosso Liam - aceno positivamente com a cabeça e sento-me, puxando Milah comigo.

- Sim, meu amor, eu sei e eu ficaria muito feliz em homenagear meu irmão dessa forma... Porém, ainda existe a possibilidade de não ser do sexo masculino. - ela suspira e acaricia meu rosto com sua mão.

- E que nome você gostaria de dar à nossa possível futura filha? - desvio de seu olhar e encaro suas pernas, como se tentasse ler pelas entrelinhas de seus pelos nomes femininos. Depois de alguns segundos, lembro de um que vaga pela minha mente desde os meus cinco anos.

- O que... - pigarreio e respiro mais fundo, tentando não sentir-me idiota por isso. - O que acha de Hope? - minha esposa franze o cenho.

- Hope? - confirmo. - Não sei... Não acho muito bonito, prefiro Meghan, Lily, ou algo do tipo. - nós ficamos um tempo sem falar nada e minha boca, sem que eu percebesse, abriu-se, quase numa surpresa. Era o nome de uma personagem de um livro que minha mãe sempre lia para mim antes de dormir. Uma garota especial, cheia de luz, compaixão e altruísmo, alguém que sempre desejei ser. Foi como tomar um soco no estômago, tomando nota o significado dele para mim e pude ver minha mãe fazendo não com a cabeça e adquirindo uma feição nada amigável para Milah.

- Ah, sim... Claro, Meghan é melhor. - sorrio forçado e beijo-a castamente, deitando-me ao seu lado e apagando a luz.





"Não acho muito bonito"





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No dia seguinte, após o meu café, resolvo esticar um pouco as pernas e descarto a possibilidade de ler cartas em meu escritório, andando até o jardim. Minha ideia inicial, logo depois de deixar a mesa, era reexplorar o labirinto que havia no terreno abaixo de casa, um lugar que não vou desde minha infância. Devo dizer que tenho um pouco de medo do que vou sentir quando entrar lá, é como se o meu eu criança estivesse preso pelas ramificações.


E eu não fiz questão de tirá-lo do meio das paredes de folhagem.


Mas, antes que eu pudesse ao menos virar para o lado e ir ao lugar abandonado por mim, vejo Emma embaixo de nossa macieira, como de costume. O que me surpreende é que ela não está acompanhada dessa vez, trazendo-me um pequeno alívio no coração. Como se fosse mágica, meus pés vão até a loira, que está entretida com um novo livro.

- O que está lendo dessa vez? - sento-me ao seu lado e sorrio abertamente quando percebo que a assustei novamente.

- Eu nem vou lhe falar nada, Jones, vou apenas afastar-me. Pensei que tinha um pouco mais de decência, mas vi que estava completamente enganada. Não se assusta uma mulher assim, Senhor. - Emma diz sem olhar-me nos olhos e com a expressão séria, como se todos os diálogos que tivemos até agora tivessem sido apagados de sua mente. As batidas em meu peito falham e começo a ficar nervoso. O que houve? O que será que eu fiz? Será que meu pai a pediu para tratar-me dessa forma? Ontem estávamos tão bem...

- Swan? Perdoe-me e-eu... Eu não tive intenção de incomodá-la, eu só estava... - no meio da minha fala eu ouço uma risada contida, então olho para seu rosto e vejo que está com um sorriso pequeno. - Ora, mas sua... - sem terminar a frase, posiciono as mãos em suas costelas e começo a fazer cócegas, arrancando uma verdadeira gargalhada de Emma. Ela perde o controle de seus movimentos e deita no chão, começando a suplicar para que eu pare. - Mas se eu parar, que graça tem? - digo deitando em cima de seu corpo, ainda torturando-a com cutucadas e apertões. Lágrimas saem dos olhos dela e meu sorriso deve estar gigante.

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