Capítulo 8

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(autora falando aqui :) por favor, pule este capítulo e volte depois de ler o sétimo para que você acompanhe o enredo corretamente. obrigada!)

- Estou nervosa. - minha esposa sussurra em meu ouvido enquanto caminhamos para os portões gigantes e dourados. Estamos prestes a entrar na festa e, finalmente, sermos reconhecidos como marido e mulher. Minha mente está a mil, pois eu, absolutamente, odeio festas. Meu problema não está na celebração em si, eu amo festejar, tomar vinho e dançar, é um momento que não me sinto tão 'real'. A maior questão em uma festa é encontrar parentes indesejáveis, pessoas ridículas que não dizem nada com nada, falam de economia, política e da vida alheia. Acho engraçado como funciona o cérebro deles, detestam falar de poesia, amor e coisas reais e importantes, mas o que a Senhora Mills faz ou deixa de fazer é um assunto extremamente relevante.


Patético.

- Respire fundo, amor. - acaricio sua mão que está apoiada em meu braço. Sinto seus dedos gelados e os envolvo com os meus, passando o polegar e indicador na pontinha de seu dedo mindinho.

- Não quero parecer ridícula. - rio de seu comentário. A mulher ao meu lado está com o vestido azul-esverdeado do início da semana, com uma máscara preta ornamentando e destacando seus belíssimos olhos azuis.

- Você nunca pareceria ridícula, Milah. Está linda e encantadoramente adorável, não vão zombar de você. - ela olha em meus olhos, quase que tremendo, e assente, como se tentasse confirmar para si mesma que, o que eu acabei de declarar, é verdade.

- Meu marido é que está magnífico. - a olho de relance e dou-lhe uma piscadinha. Estou com um traje verde-escuro quase preto com toques pratas, ombreiras amarelas e uma máscara azul marinho.

- Senhoras, senhoritas, senhores e cavalheiros, é com grande prazer que anuncio à todos vocês os mais novos Senhor e Senhora Jones! - as portas se abrem e meus ouvidos recebem uma grande quantidade de som, um misto de muitas palmas, assobios e 'vivas'. Descemos as escadas e eu posso ouvir os pensamentos de Milah: não caia, não caia, não caia...

Eu amo muito essa mulher.

E agora começaremos o momento tortura, abraçar e cumprimentar todos os convidados, quem eu conheço, conheço bem e desconheço. Essa chatisse toda de parentes... Podíamos ter só os necessários, não? Poderia parar nos primos. Isso! Até os primos seria ótimo.

- Emma! - ouço Milah exclamar enquanto abraça a loura que hoje está totalmente revestida de vermelho vivo. Minha esposa recebe alguns olhares confusos e outros de desprezo, confirmando minha tese sobre parentes e pessoas desconhecidas.

Não que haja muita diferença entre eles.

- Oh, você está belíssima! - a morena diz, pegando, logo depois, nas mãos de Emma, que sorria com toda a alma.

- Digo o mesmo, Senhora Jones. Seus olhos estão espetaculares. - Milah acaricia o braço da dama de companhia e, em seguida, da-me espaço para falar com ela.

- Está divina, Emma. - olho em seus olhos e vejo aquelas orlas verdes brilhando, envoltas por sua máscara vermelha, combinando com o seu vestido. Em seu colo pousa o colar que compramos antes de ontem, uma pedra simples e delicada, mas muito bela.

- O Senhor também está. - assente e olha para os dois lados, vendo Milah um pouco mais afastada, conversado com sua irmã. Emma aproxima-se um pouco de mim.

- Obrigada. - sussurra e eu sorrio, entendendo o porquê do agradecimento. - Sabe, por ter me convencido a vir.

- Foi uma honra. - sussurro de volta. - Qualquer coisa estou aqui. - minha esposa coloca-se no meio de nós, nos fazendo rir.

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