Capítulo 31

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7 meses depois.





Os raios de Sol refletem delicadamente em meu rosto, despertando-me de forma preguiçosa. Espreguiço meu corpo e respiro fundo, sentindo meus músculos se alongarem e formigarem por alguns segundos. Ouço um grunhido vindo do homem deitado ao meu lado e seu rosto entra na curvatura do meu pescoço, apertando-me mais em seus braços. Sorrio pela pequena cócegas que seu hálito quente provoca na minha pele, enquanto minhas mãos esfregam meus olhos e logo vão para seus ombros, num aviso silencioso de que precisamos levantar e o qual é ignorado com sucesso. Afundo as unhas em seus cabelos castanhos e acaricio seu couro cabeludo, tentando chamar sua atenção. Sinto seus dentes morderem de leve minha pele exposta, seu corpo rapidamente ficando em cima do meu. Seu olhar é intenso.

- Bom dia, esposa. - ele diz, beijando-me em seguida. Seus dedos traçam linhas no meu rosto, puxando-me mais para perto. Seguro suas bochechas e dou-lhe um selinho, finalizando a carícia.

- Bem, bom dia, esposo. - entrelaço minha mão direita na sua, tocando seu nariz com o meu. O moreno se afasta alguns centímetros e fica observando-me. - O que é?

- Você é uma visão em tanto. - rio e reviro os olhos, me sentindo envergonhada de repente, por estar vestindo nada além de um lençol branco. Suspiro e bato em seu bíceps.

- Vamos logo, Senhor Bealfire. Precisamos sair dessa cama.

- Ah, não, aqui está tão bom... - seus lábios voltam ao meu maxilar, distribuindo beijos e lambidas.

- Se não sair de cima de mim em cinco segundos, não comerá café da manhã nenhum. - e, num piscar de olhos, o dono do olhos de jabuticaba está tirando o fino pano que descansava em seu corpo, levantando-se numa velocidade tão rápida que chega a ser engraçada, fazendo-me sair do colchão rindo e balançando a cabeça.











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Eu, sinceramente, achei que a minha vida estaria pior.





Não, não estou apaixonada pelo meu esposo, mas aprendi a amá-lo e a gostar de sua companhia, apesar de não estar de acordo com muitas coisas que afirma. Bealfire não é uma pessoa ruim: tem um bom emprego, sustenta a casa e trata-me com carinho. Não é como se fosse um pesadelo.

Um mês depois de ele ter ido à minha casa para jantar, o filho do Senhor Gold pediu-me em casamento, nos entrelaçando em matrimônio em menos de dois meses. Foi um casamento pequeno, contendo apenas meu pai, Milah, Cindy (que se tornou uma grande amiga nesses últimos tempos), Rumple e Belle. Apenas família. Não é como se fossemos carregadores de um grande título e tivéssemos um condado inteiro para convidar.

Após essa data, meus dias vêm passando de forma tranquila, exigindo de mim somente um bom cuidado com a casa e um pouco mais de paciência do que imaginava, mas nada insuportável.





Acho que, de certa forma, posso dizer que estou feliz.





- Então, qual o evento de hoje? - Bea pergunta, bebericando seu leite e olhando para mim por cima da caneca. Deixo minha torrada cair no prato e encaro-o com tédio.

- Estou lhe falando sobre isso há duas semanas e você não se lembra? - ele dá de ombros e eu reviro minha íris, achando inacreditável a capacidade masculina de não ouvir uma palavra quando se precisa. - Vamos visitar os Jones hoje, o bebê de Milah nasceu. - o corpo do meu marido fica mole e sua expressão torna-se cansada, como um maldito adolescente. - Sei que não gosta muito deles...

Destino InfelizOnde histórias criam vida. Descubra agora