Capítulo 25

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Pov Maxon

    Ter América na minha casa, comendo uma comida feita por mim mesmo. Mas o melhor de tudo foi conversar com ela, desde que nos conhecemos nunca tinha tido uma conversa com o aquela com ela.

    Ela até me ajudou a arrumar a cozinha depois do jantar, mesmo que eu não quisesse isso. Ela era um amor. Mas principalmente, era o amor da minha vida e precisava admitir isso para mim mesmo.

    Mas eu sabia que jamais poderia tê-la. Aquele jantar já tinha sido um risco, não poderia fazer isso de novo, mesmo que nós dois quiséssemos isso.

     Depois do jantar, da sobremesa e de uma taça de vinho eu me ofereci para levá-la para casa e depois de muito relutar ela acabou aceitando.

    --Quero agradecer pelo convite para o jantar e pela ótima companhia. -falou a America.- Gostei muito da noite.

    --Eu que agradeço por você ter aceitado meu convite. -falei para ela. Estávamos parados na frente da casa dela.- Foi uma prazer passar a noite junto com você.

    --Espero que possamos nos encontrar novamente. -ela disse abrindo o portão.

    --Eu também. -é claro que eu não iria dizer que não poderíamos mais ter outro encontro como aquele.- Boa noite.

    --Boa noite. -ela deu um beijo no meu rosto e passou pelo portão. Acompanhei ela entrar em casa.

     Eu fiquei tão feliz e bobo com aquele beijo que não consigo nem lembrar como voltei para casa, mas eu sabia que não iria lavar meu rosto por um bom tempo.

     Meu Deus que coisa mais boba, estou parecendo uma adolescente apaixonado pela primeira vez.

     Entro em casa com um sorriso de orelha a orelha. Estava realmente parecendo um bobo apaixonado.

     --Pelo jeito a noite foi bem próspera. -levei o maior susto com o meu pai ali, sentado na sala no meio do escuro.

      --Mesmo se eu trocasse a fechadura da porta você ainda conseguiria entrar, não é mesmo? -perguntei por perguntar.

     --Você sabe que sim. -ele respondeu.- Mas, não é sobre fechaduras que estou aqui. Acho que você já pode imaginar qual seja o assunto.

     --Seus espiões já foram delatar meus atos para você? -falei, porque realmente já sabia qual era o assunto.- Antes que chegue a qualquer conclusão errônea, fiz o jantar para agradecer, pois América me ajudou com um ferimento, apenas isso.

     --Você não acha que está agradecendo demais essa garota? -ele perguntou.

    --E o Senhor não acha que cuida demais da minha vida? -só depois que falei percebi a besteira que tinha feito e não dava mais para voltar atrás.

    --Como é que é? -ele perguntou se levantando.

    --Isso mesmo que o Senhor ouviu, eu não aguento mais você cuidando da minha vida e dos meus passos.

    Então ele me deu um tapa na cara e eu caí no chão. Eu sabia o que ia acontecer agora, ia ser punido pelo que tinha dito ao meu pai.

    Logo depois disso senti a primeira pancada nas costas do sinto do meu pai. Travei a mandíbula para não gritar e aguentei firme cada sintada que levei.

    Meu pai estava tão enfurecido pelo que eu disse que pegou bem pesado, ele me deixou ali no chão caído, eu não tinha força para mais nada.

    Meu pai saiu pela porta do apartamento sem nem olhar para trás. E eu fiquei ali com todo o meu corpo doendo.

     Não sei se desmaiei ou se apenas adormeci, mas lembro de ter sido dispertado por uma voz feminina.

     --Maxon. -a voz me chamou.- Meu Deus o que ouve com você?

    Tentei responder, mas não consegui, porque desmaiei de novo.

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