Capítulo 26

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Pov América

     Não acredito que dei aquele beijo no Maxon. Está bem, não foi um beijo de muita importância, mas ainda sim estava envergonhada.

     Entrei em casa e fui direto para o meu quarto, ainda bem que amanhã é domingo e não preciso acordar cedo, porque duvido que consiga dormir logo.

     Depois de me trocar e me deitar, foi que percebi que não achava meu celular em lugar nenhum, só aí me lembrei que deixei o celular na casa do Maxon. Se não me engano em cima da mesa dele.

     Eu não queria, mas ia precisar ir lá amanhã assim que acordasse para pegar meu celular de volta.

     No dia seguinte eu arrumei a mesa do café, enquanto Marlee dormia, eu tomei o café e decidi ir logo até a casa do Maxon pegar meu celular.

    Quando cheguei no prédio dele, o porteiro me reconheceu da noite passada e me deixou entrar sem que me anunciasse.

    Subi até o último andar pelo elevador. O apartamento do Maxon ficava no final do corredor no último andar do prédio.

    Quando cheguei em frente a porta dele, bati algumas vezes, mas não obtive resposta, então empurrei e percebi que ela estava aberta.

    --Maxon estou entrando. -falei gritando para ser ouvida.- A porta estava aberta.

    Então eu terminei de abrir a porta e entrei para ver uma cena assustadora.

    --Maxon!? -ele estava caído no chão.- Maxon? Maxon!

   Olhei para ele e vi suas costas toda ferida, como se ele tivesse apanhado de chibata.

    --Maxon acorda, por favor. -falei tentando acorda-lo.

    --America. -ele abriu os olhos, mas voltou a desmaiar.

    --Vou ter que cuidar de você aqui mesmo. -disse mais para mim do que para ele.

     Me levantei e fui até o quarto dele onde peguei um travesseiro, depois fui até o banheiro pegar o kit de primeiros socorros e uma tesoura.

    Voltei para a sala e coloquei a cabeça do Maxon no travesseiro para tentar deixá-lo o mais confortável possível.

    Depois com a tesoura, cortei a blusa do Maxon que estava colocada no corpo dele junto com o sangue.

    Com isso, comecei a limpar as feridas, depois passei uma pomada que achei ali, mas cada vez que fazia isso, Maxon gemia de dor, mas não acordava.

    Quando todos os ferimentos já estavam limpos e cuidados, eu comecei a procurar na casa do Maxon especiarias que eu poderia usar para as feridas. Minha mãe tinha me ensinado uma receita que poderia ajudar com as feridas.

    Ainda bem que ele tinha tudo que eu iria precisar para preparar o unguento e eu fiz.

    Então comecei a passar o unguento nas costas dele e depois coloquei uns panos para manter as feridas protegidas em caso de infecção.

     Durante todo esse tempo, Maxon não acordou e isso me deixava preocupada. Mas eu sabia que era questão de tempo para ele acordar.

     Olhei em vários armários e não achei nenhum remédio e nem comida, por isso decidi ir até a farmácia e ao mercado.

    Sai levando uma chave da casa comigo e fui nos lugares que precisava. Quando voltei para o apartamento, Maxon ainda estava desmaiado. Eu queria colocar ele na cama ou no sofá, mas não tinha forças para isso.

    Tinha comprado uma lasanha congelada, pois já estava ficando com fome e Maxon com toda certeza também acordaria faminto.

    Coloquei a lasanha no microondas e voltei para o lado do Maxon, queria conferir as feridas e elas pareciam um pouco melhor, pelo menos já estavam menos inchadas.

    O microondas apitou informando que a lasanha estava pronta e fui lá pegá-la e colocar na pia.

    --America. -levei um susto com o Maxon me chamando e quase derrubando a lasanha.

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