Capítulo 27

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Pov Maxon

    Meu corpo todo doía, minhas costas queimavam e só de pensar em me mexer eu já tremia pensando na dor.

    Abri meus olhos e senti cheiro de comida, mas como isso poderia ser possível se eu estava deitado no chão? E como tinha um travesseiro embaixo da minha cabeça? Ou panos na minhas costas?

     Olhei em volta e sim ainda estava no chão e na sala da minha casa, mas quando olhei para a cozinha vi América ali.

     --America. -chamei ela e acabei assustado-a.

      --Maxon, Graças a Deus. -ela disse se ajoelhando ao meu lado.- Ainda bem que você acordou, eu estava ficando preocupada.

     --A quanto tempo você está aqui? -eu perguntei, tentando me sentar.

      --Cheguei bem cedo, deveria ser uma 8:00 da manhã, mais ou menos. -ela se explicou.- A porta estava aberta e eu entrei, foi quando te vi desmaiado e todo machucado. Maxon quem fez isso com você?

     --Isso não interessa. -falei tentando me mexer.- Que horas são?

     --Quase uma hora. Vem deixa eu te ajudar a sentar. -ela me ajudou, mas cada movimento era uma dor insuportável.- Tome isso aqui. -ela me deu um remédio e água.- Vai ajudar a não ter uma infecção e com a dor.

     --Muito obrigado por isso. E por cuidar das minhas feridas.

      --Eu não fiz nada demais, apenas ajudei um amigo ferido. Mas você está fraco e precisa comer algo, estava esquentando um pouco de lasanha no seu microonda, espero que não tenha problema.

     --Não. Nenhum, mas onde arranjou uma lasanha, não lembro de ter comprado?

      --Você não comprou. Eu fui ao mercado enquanto você dormia e comprei, eu já estava ficando com fome de cuidar de um homem do seu tamanho.

     --Obrigado mais uma vez por isso.

   Fiz o que ela disse e segui para o banheiro. Já lá dentro, América tirou as ataduras e depois saiu me deixando sozinho.

     Foi meio difícil tirar o restante da minha roupa por causa das minhas costas, mas eu consigo.

     Porém tomar banho foi a tarefa mais dolorosa, tinha me esquecido como tomar banho nessas condições era quase insuportável.

     Quando sai do chuveiro, fui em direção ao meu quarto e vesti uma calça.

    --AMERICA. -gritei, chamando ela.- Terminei o banho.

     --Posso cuidar dos seus ferimentos. -eu respondi que sim.- Então, por favor, deite na cama.

      Eu fiz o que ela pediu e me deitei. Ela começou a passar algo gelado nas minhas costas, mas aliviava a dor e queimação.

     --O que é isso que está passando? -eu perguntei.

      --Um emplasto que minha mãe me ensinou a fazer, vai ajudar. -ela disse e senti ela colocando as ataduras.- Pronto, terminei. Agora eu tenho que ir.

     --Novamente muito obrigado pela ajuda. Quer que eu te acompanhe até a porta?

     --Não fique deitado e descanse. Não faça esforço, amanhã eu venho ver como você está.

     --Obrigado. -sorri para ela, mas não me mexi como ela mandou.

     --De nada.

     Ela foi embora e eu escutei quando fechou a porta.

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