Capítulo 17

76 9 2
                                    

      Pov América

   Ainda deitada no colo do meu pai, me lembrei novamente de tudo o que já tinha me acontecido desde que eu cheguei em Chicago. Marlee, Aspen, Maxon. Eu queria esquecer tudo, mas principalmente, queria esquecer tudo em relação ao Maxon.

    Foi pensando nisso que vi uma luz, uma luz bem clara e quente.

    --De onde vem essa luz? -perguntei para o meu pai.

    --Só tem um jeito de saber. -ele me respondeu.- Você vai ter que seguir a luz, melhor, seguir para dentro dela.

    --Estou com medo. -disse me sentando e olhando para ele.

    --Isso é muito bom. -falou ele segurando meu rosto.- Mas vá assim mesmo, os medos não podem nos abater, eles precisam nos dar forças para seguir em frente.

    --Eu te amo pai, te amo demais.

   --Eu também te amo, mas agora você tem quer ir minha querida, está na hora.

    Eu me levantei e fiz o que ele disse, segui em direção a luz. Mas antes de entrar olhei para meu pai uma última vez.

    Respirei fundo e entrei. No começo eu senti um medo enorme e inexplicável, mas depois meu coração se acalmou e eu comecei a ouvir uma voz feminina.

     Então eu abri os olhos e quase fiquei cega com a luz, mas depois percebi que estava em um quarto de hospital. Quando olhei para o lado, lá estava a minha grande amiga.

    --Marlee? -chamei e ela levantou a cabeça.

    --Graças a Deus. Minha amiga você finalmente acordou. -ela disse olhando para mim.- Como você se sente?

   --Um pouco cansada eu acho e minha cabeça doe também, mas acho que de resto eu estou bem. -respondi sorrindo.- Quanto tempo estou dormindo?

    --Quase um dia inteiro. -Marlee respondeu.- Vou chamar o médico, estávamos esperando você acordar.

    Ela saiu para chamar o médico que veio rápido e já começou a me examinar.

    Marlee voltou toda feliz para o quarto e chegou bem na hora que o médico terminou de me examinar.

     --Onde você estava Marlee? -perguntei assim que ela entrou no quarto.

    --Fui buscar ele. -Marlee apontou para um homem que entrou depois dela no meu quarto.

    Eu olhava para ele, mas não o reconheci, será que era algum namorado novo da Marlee e eu ainda não conhecia.

   --Quem é esse homem? -perguntei e pude ver a surpresa de decepção no rosto do homem.

    --America esse é o Maxon. -Marlee falou.- Não se lembra dele?

    --Não. -eu estava sendo sincera, não me lembrava.- Por que? Deveria?

    --Não. -ele disse antes que a Marlee disse algo.- Sou o cara que te atropelou e sou um colega de corredor da universidade que você estuda, mas não nos conhecemos direito. Bom eu vim aqui apenas para ver como você está e agora que está bem viu indo.

   Ele não disse mais nada, apenas deu as costas e saiu, sem nem olhar para trás.

   --Você realmente não se lembra dele? -Marlee perguntou.

    --Não, não lembro mesmo. -respondi e depois olhei para o médico.- Isso é normal?

     --As vezes sim. Você bateu a cabeça e teve um sangramento forte. -o médico disse se explicando.- Mas para poder te dar uma conclusão correta preciso fazer mais exames.

    --Então tudo bem. Pode fazer os exames necessários.

   Ele saiu e eu fiquei ali no quarto com os meus pensamentos.

    --Marlee quem era aquele homem. -perguntei para ela.

    --Exatamente quem ele disse que é. -ela respondeu.- Só não entendo como você não se lembra dele, mas se lembra de mim.

    --Talvez ele não fosse alguém importante para mim como você é. -eu disse.

   --É você está certa. -ela falou para mim.- Ele realmente não era.

    Não sei dizer porquê, mas eu sabia que ela estava mentindo para mim, mas na hora que ia dizer isso a ela o médico voltou e me levou para fazer exames.

Partir Mil VezesOnde histórias criam vida. Descubra agora