Capítulo 13

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Pov America

Foram meses sem o Maxon. Descobrir que ele tinha ido viajar com a namorada para a Inglaterra, onde eles ficariam até o final do ano, parece que era para um curso que o pai dele mandou ele fazer.

Porém Celeste voltou algum tempo depois e muito mais cedo que o Maxon, ela espalhou para a universidade toda que tinha terminado com o Maxon, por que ele estava tendo um caso com uma garota inglesa.

Eu me senti uma completa idiota por ter acreditado em um garoto que não tinha honra nenhuma nem mesmo com a namorada.

Então eu segui em frente com a minha vida. Guardei um pouco do dinheiro que ganhava na livraria para um dia comprar um carro para mim ou para comprar uma casa própria no futuro.

Marlee continuou sendo minha amiga, na verdade minha melhor amiga e fazíamos tudo juntas, éramos inseparáveis. Quase como irmãs. Agora que parei para pensar era exatamente isso que nós duas éramos, tínhamos nos tornado irmãs.

--Você viu quem está de volta? -Marlee disse me assustando.

--Primeiro, não me assusta desse jeito. -falei dando um tapa nela pelo susto.- Segundo, eu não vi quem chegou. Por que? Quem é?

--Maxon, ele está de volta. -falou ela quase dando pulinho de felicidade.

--Que legal. -falei para ela, sem nem ligar.

--Você não se importa que ele voltou? Não liga para isso? Não quer saber por que ele sumiu de uma hora para a outra?

--Não. Não me interesso em saber porque ele sumiu do nada. E realmente não ligo para ele ter voltado.

--Eu realmente duvido disso. Para mim você está querendo ir falar com ele, mas é orgulhosa demais para admitir isso.

--Não é verdade. Maxon é passado para mim. Foi apenas uma relação rápida que acabou. -eu fechei a porta do meu armário com mais força que eu queria.- Agora se me dá licença tenho que ir até a biblioteca pegar um livro para fazer um trabalho.

Eu saí antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa e tenho que confessar que ela estava certa, eu queria falar com o Maxon, mas ainda estava muito magoada pelo o que ele tinha feito comigo.

Entrei na biblioteca e fui até a estante de livros sobre compositores clássicos e peguei alguns livros sobre Mozart, já que ele era o tema do meu trabalho.

Peguei os livros e estava indo até a bancada de registro para marcar os livros que estava levando para casa. Quando me virei e bati em alguém derrubando os livros no chão.

--Me desculpa por isso. -falei abaixando para pegar os livros.

--Olha por onde anda ou está cega. -falou a pessoa em quem eu esbarrei.

--Como é que é? -eu levantei o olhar e vi que era Maxon.

--É isso aí que você ouviu. -ele me disse todo grosso.- Você nunca olha por onde anda e só faz besteiras.

--E quem você pensa que é para falar assim comigo? -perguntei me levantando.- Exatamente. Você não é ninguém. Então se não vai ajudar nem ser educado, sai da minha frente.

Peguei minhas coisas que estavam no chão e dei um empurrão no Maxon passando por ele, eu estava com tanta raiva que fui embora antes mesmo da última aula.

Fiquei andando pela cidade sem saber ao certo onde eu estava, nem o que estava fazendo.

Como eu pude ser tão idiota em relação ao Maxon? Como pude ser tão cega em relação ao Aspen? Minha irmã Kena estava certa, nos homens não podemos confiar completamente.

Eu estava chorando tanto, mais tanto que minhas lágrimas me impediam de enchegar o caminho. Eu estava me sentindo tão perdida, tão confusa, tão sozinha que atravessei a rua sem olhar para os lados.

Então eu ouvi o som de um carro freando, mas já era tarde demais para que eu pudesse fazer qualquer coisa.

Num minuto eu estava de pé no meio da rua, no outro estava voando por cima do carro e caindo do chão. A última coisa que consigo me lembrar foi do meu corpo batendo no chão.

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