Capítulo 47

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     Pov America

   --É claro que vocês estão envolvidos nessa bagunça. -falei sorrindo, assim que vi quem estava entrando.- Não é uma surpresa Marlee e Carter. Nem um pouco.

   --Nós dois acompanhamos o seu sofrimento nos últimos 5 anos por este homem. -Marlee disse assim que estava perto de nós.- Então, é claro que estamos envolvidos.

    --Como eu disse, precisávamos ter certeza que você viria para o evento. -Lucy continuou.- Então eu entrei em contato com a Marlee e o Carter, expliquei nosso plano e eles toparam na hora.

    --Isso sim é um grande plano.-Clarkson se pronunciou depois de muito tempo e junto batia palmas.- Vocês são jovens bem perspicazes. Agora a pergunta que não quer calar, qual o próximo passo?

   --Já demos o "próximo passo." -Celeste respondeu, fazendo aspas com as mãos.

    --O que querem dizer? -eu perguntei.

    --Durante todos esses anos juntamos provas de todos os crimes que o Sr Schreave cometeu. -Lucy explicou.- A algumas horas enviamos essas provas para a polícia de Berna e de Chicago e para as mídias televisivas. Todos já sabem quem você realmente é, Clarkson.

    --Você tem ideia do que você fez? -Clarkson estava furioso e partiu na direção da Lucy, mas Aspen entrou em seu caminho.

    --Sim, eu sei. -respondeu Lucy, sem o menor medo.- Destruí o império que você construí. Todas as suas empresas irão a falência com exceção das três universidade, a de Chicago e as duas de Berna.

    --Por que com exceção dessas duas? -Maxon perguntou, todo curioso.

   --Eu pedi a ajuda de dois amigos advogados, August e Georgia, para transferir as universidades para o nome do Maxon -Lucy respondeu, com um sorriso de satisfação.

    --Isso não é verdade? -Clarkson disse, mas lá no fundo ele sabia que era.- Como você fez isso?

    --Verdade, como fez? Não entendi muito bem isso. -Aspen perguntou.

    --Quando chegou a hora do Clarkson e do Maxon assinarem os papéis para a compra do terreno da nova universidade, eu coloquei os papéis da troca de bens no meio. -Lucy se explicou e fiquei surpresa com a esperteza dela.- Como eu garanti que estava tudo certo e vocês confiavam em mim, assinaram os papéis sem nem olhar. O que é um erro aliás.

    --Anotado. -Maxon disse em tom irônico.- Então as três universidade são minhas.

    --50% de cada um delas sim. -Celeste respondeu.

   --E os outros 50%? -Clarkson perguntou.

   --Estão no nome da América. -Marlee respondeu.- Vocês dois são os donos das três universidade e qualquer outra coisa que decidirem criar juntos a partir de agora.

     Eu estava tão surpresa com essa informação que não percebi que o Clarkson se afastou do grupo, na verdade ninguém percebeu isso até que ouvirmos uma arma ser engatilhada e quando olhei Clarkson apontava um arma para a Lucy.

    --Sua vadia. -Clarkson disse e todos olhamos para os dois.- Você vai me pagar por isso.

     --Pai, por favor, abaixa essa arma. -Maxon disse.- Você não quer machucar a Lucy.

    --Cala essa maldita boca, Maxon. -ele disse, olhando para o filho.

    No momento de distração do Clarkson, Lucy empurrou a arma para o lado e se afastou, porém com o susto, Clarkson deu um tiro.

   Aspen pulou na direção do Clarkson para tentar tirar a arma da mão dele e os dois começaram a lutar, então outro tiro foi ouvido.

    Os dois pararam e por alguns segundos se encararam, mas depois, Clarkson caiu no chão morto.

    Eu olhei em volta para ver se todos estavam bem e vi o Maxon caído no chão, com a mão na barriga, onde ele estava sangrando. O primeiro tiro que o Clarkson deu acertou o filho.

    --MAXON. -eu corri até ele e coloquei a mão sobre a dele.- Alguém chama a ambulância.

    --Já estou fazendo isso. -Aspen disse, na maior calma.

   --Maxon, você tem que ficar acordado. Por favor, fique acordado. -eu disse, começando a chorar e ele secou minhas lágrimas.

    --Não chore querida. -falou ele.- Nunca sei o que fazer quando você chora.

    --Isso é culpa minha, Maxon. -eu falei, chorando mais ainda.- Se eu não tivesse vindo até aqui você não teria levado esse tiro.

    --A culpa não é sua. -ele disse, com uma certa dificuldade.- Meu pai é o único responsável por tudo que está acontecendo, mas, pelo menos eu pude ver você mais uma vez.

   --Você não vai morrer. -eu estava desesperada.- Você não pode morrer.

   --Eu não vou. Mas se eu morrer, morrerei feliz.

    --Me desculpa Maxon. Me reencontrar depois de tanto tempo deve ter partido seu coração, assim como partiu o meu.

    --Pode partir meu coração mil vezes, ele sempre foi seu para fazer o que quiser e não posso morrer sem que você saiba disso.

    Eu não consegui dizer mais nenhuma palavra depois disso, apenas fique ao lado dele até que a ambulância finalmente chegou e o levou para o hospital. Os médicos me deixaram acompanhá-lo dentro da ambulância.

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